A assembleia conturbada da Vale
Em reunio que oficializou a sada de Roger Agnelli, houve nomeao de novos conselheiros e at protesto de sindicalista
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247 (Com informações da AE) – O noticiário sobre a Vale mereceu atenção especial nesta terça-feira (19) e os investidores seguem ligados nas informações que podem mexer na rentabilidade dos papéis. As cotações oscilam ao sabor de dados econômicos no exterior e da agenda corporativa da mineradora. Hoje, uma conturbada assembléia extraordinária agitou a companhia em clima de substituição na presidência. Os acionistas fizeram muitos questionamentos sobre o futuro da empresa e a política socioambiental. A polêmica aumentou quando o presidente do sindicato canadense United Steel Workers (USW) foi barrado no encontro sob a alegação de que as ADRs (American Depositary Recepts) do órgão foram registradas pelo banco JP Morgan e não no nome dele . Alguns acionistas protestaram. Ricardo Flores, presidente do conselho de administração, disse que a empresa, desta forma, cumpria normas de governança corporativa.
Durante a assembléia, foram confirmados novos conselheiros da Vale. Dos 11 membros, sete serão reconduzidos aos cargos. Houve duas substituições propostas pela Previ (funcionários do Banco do Brasil) com a saída de Jorge Luiz Pacheco e Sandro Marcondes e entrada de Nelson Barbosa e Robson Rocha. Além disso, um novo representante foi indicado para a trading japonesa Mitsui. Fuminobu Kawashima entra no lugar de Ken Abe. Para representar os empregados da Vale, Paulo Soares de Souza substitui Eduardo Fernando Jardim Pinto.
Apesar das mudanças, a mineradora deve manter a gestão. Foi o que garantiu o representante da Bradespar no conselho de administração da mineradora, Renato Cruz, em encontro da Apimec-Rio. Cruz revelou que já teve dois encontros com o novo presidente, nos quais ele deixou claro sua intenção de não promover grandes mudanças na diretoria executiva. Além disso, Ferreira já teria comunicado aos controladores que o objetivo é manter a atual estratégia de crescimento da companhia.
Fora as notícias internas, os fatos econômicos internacionais ainda podem pressionar o valor dos papéis da Vale. Ontem, o aumento do compulsório na China em 0,5 ponto percentual teve impacto negativo sobre as cotações. O país asiático é grande comprador de minério de ferro do Brasil e a redução do crédito lá pode representar queda nestas importações. Houve impacto também da ameaça da Standard& Poor´s em rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos. Além disso, temores com as dívidas na zona do euro, em especial da Grécia, podem mexer com as ações da Vale. Nesta terça-feira (19), as ações ordinárias da mineradora (VALE3) fecharam a R$ 51,10 com alta de 0,91% e os papéis preferenciais (VALE5) encerraram a R$ 45,73 com valorização de 1,17%.
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