Tintin vai a Hollywood
Criado em 1929, o personagem do cartunista belga Herg ganha sua primeira adaptao para o cinema em uma superproduo de Steven Spielberg
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Natália Rangel_247 – Tintin, o personagem de quadrinhos europeu mais popular do século XX, já foi traduzido para 50 idiomas e vendeu cerca de 200 milhões de cópias em todo o mundo. Criado pelo artista belga Hergé em 1929, as aventuras do repórter investigativo chegaram finalmente ao cinema. Steven Spielberg dirige a animação que foi produzida em Hollywood e já conta com duas continuações que deverão ser dirigidas, respectivamente, por Peter Jackson (O Senhor dos Anéis) e James Cameron (Avatar). As Aventuras de Tintin: O Segredo do Licorne é uma produção ambiciosa que utiliza todo o arsenal técnico de Avatar e investe bastante na captação de imagens em movimento produzidas por atores reais. No caso, os atores Jamie Bell e Daniel Craig são responsáveis pelos movimentos humanos que no filme irão corresponder aos gestos dos personagens Tintin e capitão Haddock, respectivamente.
O uso desta técnica que humaniza os gestos do desenho despertou polêmica antiga junto a academia de cinema que organiza o Oscar. Existe uma determinação que diz que este recurso não pode ser utilizado por animações, ou seja, o longa-metragem Tintin não poderá ser classificado como um desenho de animação. Spielberg, no entanto, insiste que se trata de uma, e que ele não aceitará outra nomenclatura para a produção. Avatar enfrentou problema semelhante: ele perdeu o prêmio de melhor animação porque o júri não considerou que se tratasse de uma justamente por utilizar este recurso técnico. O imbróglio deve continuar até a finalização completa do filme, que só agora liberou trailer em que mostra Tintin e seu inseparável cachorro Milú. Na trama, eles estão envolvidos em uma grande aventura por terra, pelo mar e pelo ar para desvendar o segredo de um navio chamado Licorne naufragado há muitos anos. Para Spielberg, trata-se de uma animação fielmente inspirada nos desenhos do quadrinista belga Hergé.
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