Tijolaço: recuo em Aquarius demonstra governo mesquinho
"Tudo no governo Temer é assim: autoritário, mesquinho e, afinal, coroado por um recuo", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço, sobre a decisão do Ministério da Cultura de rever a classificação do filme cujos atores e diretor protestaram em Cannes contra o golpe parlamentar de 2016
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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
Depois de um inútil período de mesquinharia e uma tonelada de hipocrisia – afinal, qualquer menino de 16 anos assiste, se quiser, sexo entre uma girafa e um hipopótamo na internet – o MEC voltou atrás e liberou o filme Aquarius para uma classificação indicativa de 16 anos.
Até os saquinhos de pipoca dos cinemas sabiam que isso era uma retaliação aos cartazes “Fora Temer” exibidos pelo elenco do filme em Cannes.
Tudo no governo Temer é assim: autoritário, mesquinho e, afinal, coroado por um recuo.
A propósito, nada pode ter sido mais erótico do que Sônia Braga, em 1975, como uma moleca, num vestido de chita, escalando um telhado em Gabriela, quando eu tinha 17 anos.
Só terem me proibido disso já me faria gritar “Fora Temer!” a plenos – naquela época, plenos mesmo – pulmões.
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