The Doors não está à venda

Quatro dcadas aps a morte de Jim Morrison, o ex-parceiro John Densmore continua recusando qualquer proposta milionria que receba para o uso publicitrio das canes da mtica banda americana. Assista alguns clipes



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Natália Rangel_247 - A banda americana The Doors estava no auge do sucesso em 1970, quando recebeu da marca de automóveis Buick uma proposta milionária para o uso da canção Light my Fire no lançamento de um novo modelo do fabricante. Jim Morrison (1943-1971) estava fora da cidade e os três outros parceiros aceitaram e cederam a música por US$ 50 mil. Neste meio tempo, Morrison voltou de viagem e quase teve uma síncope ao saber do negócio. Na biografia do grupo, “The Doors”, de Ben Fong-Torres, lançada no ano passado (Ediouro), o autor revela, entre outras passagens, que Morrison esbravejou que se o acordo não fosse desfeito imediatamente ele iria destruir no palco um carro Buick a cada show. Os três companheiros correram a desfazer o negócio e devolveram à companhia o dinheiro – que já havia sido pago.

E foi este fato que deu origem a um contrato sacramentado na época que determinava que qualquer transação envolvendo o repertório musical do grupo só seria autorizada se tivesse o apoio dos quatro roqueiros. Após a morte de Morrison, um ano depois, em 3 de julho de 1971, coube ao baterista John Densmore o desafio de respeitar a vontade do amigo contra a voracidade dos outros dois companheiros remanescentes. Nestes 40 anos, cada proposta comercial de compra de música se transformou em um cavalo de batalha que tinha de um lado o cavaleiro solitário Densmore e do outro, o baixista Ray Manzarek e o guitarrista Robbie Krieger aliados aos próprios herdeiros de Morrison. Entre as empresas que fizeram propostas milionárias pelos hits da banda, estão a Apple, diversas marcas de perfume, a General Motors e a Cadillac. Esta última ofereceu US$ 15 milhões pelo uso publicitário da música Break on Through. Após negativa, a empresa recorreu ao pragmatismo de Led Zeppelin, que concordou em aceitar milhões pela cessão publicitária de seu clássico “Rock and Roll”. Para Densmore, desrespeitar o desejo de Morrison manifesto pouco antes de sua morte é uma heresia e um ultraje à memória do mito Morrison. Em 2003 baterista John Densmore e os The Doors do século 21, tendo à frente um clone de Jim Morrison, o inglês Ian Astbury. John vetou o projeto. Outros que resistem às fortunas oferecidas pelas empresas: Tom Waits, Bruce Springsteen, Los Eagles, Santana, Neil Young e Lou Reed. No Brasil, o cantor Lobão declarou recentemente em sua autobiografia 50 anos a mil, que recusou R$ 1 milhão de uma operadora de telefonia para uso publicitário de sua canção "Me Chama".

As canções mais disputadas do grupo: Light my fire e Break on Through:

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E a canção que o Led Zeppelin cedeu para a Cadillac por US$ 15 milhões:

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