Site de vaquinha cultural é sucesso na internet
Catarse.me funciona como plataforma de financiamento coletivo
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Aline Oliveira _247 - A informal vaquinha virou coisa séria nas mãos de três amigos que desejavam arrumar um jeito de financiar projetos culturais, ou criar um crowdfunding – termo conhecido mundialmente para designar ideias financiadas por “multidões”.
Há um ano, Diego Reeberg, Luís Otávio Ribeiro e Daniel Weinmann criaram o catarse.me, um site que funciona como uma plataforma de financiamento coletivo. “Um de nossos sócios tinha uma banda de rock e sabia das dificuldades de captar recursos. Além disso, nós estavámos interessados em criar um projeto útil, um site que não tivesse burocracia”, disse Diego. O site, baseado no www.kickstarter.com, só aceita projetos da área cultural, ou seja, ideias da área de jornalismo, música, dança, cinema, eventos, gastronomia; quadrinhos, festas etc.
Na prática, o catarse-me funciona da seguinte forma: o idealizador do projeto – que pode ser de qualquer lugar do Brasil - preenche uma ficha no site informando o que é a idea e quanto ele precisa arrecadar. Após a aprovação concedida por um dos três sócios, é hora de fazer um texto convincente – para apresentá-lo aos “apoiadores” - e oferecer uma recompensa. Isso mesmo, algo em troca da ajuda. “Acho que no Brasil isso funciona bem”, disse Diego.
A tal recompensa varia de acordo com o projeto. Há casos de colocar o nome dos doadores em documentários, revistas; ingressos para shows; músicas enviadas por e-mail e até calcinha autografada por ninguém menos que ele, o Wando. O cantor quer botar seu bloco “Fogo e Paixão” nas ruas durante o carnaval e não titubeou em passar o chápeu. Mas quem quiser ganhar o tal mimo terá que doar R$ 100,00.
Tanto para o projeto do Wando como para os demais é possível fazer doações menores, como R$20,00, por exemplo. Todos os financiamentos têm data de validade, “caso contrário, fica muito tempo em aberto e ter uma prazo é necessário para colocar qualquer coisa em prática”, explica Diego. Além disso, o catarse só libera o dinheiro – que é doado por meio de cartão de crédito ou boleto bancário – quando é atingido 100% do valor. “Se o projeto precisa de R$ 10 mil para acontecer, não adianta entregar R$ 2 mil”, justifica o entrevistado, que acrescenta que a maioria das propostas são financiadas. “Geralmente, eles [os idealizadores] fazem campanhas nas redes sociais, vão atrás de seus fãs etc”.
Em um ano, passaram pelo cartarse.me 278 projetos, sendo que destes 146 foram bem-sucedidos, ou seja, conseguiram ser financiados. “Quando acaba o prazo de arrecadação e o projeto não é 100% financiado, nós entramos em contado com os apoiadores e perguntamos se eles querem resarcimento ou se pretendem colaborar com outro projeto”. Segundo Diego, a maioria fica com a segunda opção.
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