Restos mortais de Pablo Neruda serão exumados em abril
Ordem da Justiça é para investigar as causas da morte do poeta chileno, morto em 1973; pela versão oficial, Neruda morreu, aos 69 anos, em decorrência de um câncer na próstata, mas relatos apontam que ele possa ter sido assassinado com uma injeção letal por ordem de integrantes do regime militar
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Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em abril, deverão ser exumados os restos mortais do poeta chileno Pablo Neruda, morto em 1973. A informação foi confirmada pelo advogado Eduardo Contreras, que representa o Partido Comunista Chileno, que recorreu à Justiça para a exumação. A ordem da Justiça é para investigar as causas da morte do poeta.
Prêmio Nobel de 1971, Neruda mantinha posições políticas de oposição ao governo militar. Ele morreu 12 dias após o golpe militar que derrubou o então presidente Salvador Allende. O governo Allende foi sucedido pelo o do general Augusto Pinochet (1973-1990).
O juiz Mario Carroza, que é responsável pelo caso, deve anunciar a data da exumação no dia 8. A data, segundo especialistas, depende de uma definição entre o juiz, o advogado e representantes da Fundação Neruda e do Serviço Médico Legal.
Desde meados de 2011, está em curso uma investigação judicial sobre as causas da morte de Neruda. A investigação teve início a partir de uma queixa apresentada pelo Partido Comunista Chileno (o partido de Neruda) e depois que seu ex- motorista Manuel Araya denunciou que o poeta foi assassinado com uma injeção letal por ordem de integrantes do regime militar.
Pela versão oficial, Neruda morreu, aos 69 anos, em decorrência de um câncer na próstata. Neruda foi enterrado ao lado de sua terceira mulher, Matilde Urrutia, no pátio de sua casa em Isla Negra, no litoral do Chile, a 129 quilômetros de Santiago, a capital do país, que foi transformada em museu.
A Fundação Pablo Neruda se colocou à disposição para colaborar com a pesquisa de Carroza e informou confiar que a perícia será conduzida com o maior respeito e cuidado possível.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Edição: Carolina Pimentel
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