"Quero ser Hitler"
Livro de poltico alemo Thilo Sarrazin com ideias nazistas um dos mais vendidos na Alemanha
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247 – A ideia de que muçulmanos e imigrantes são as causas de todos os males na Europa é comum entre os setores conservadores e retrógrados europeus e um dos motivos da extrema direita francesa, representada por Marine Le Pen, ter aparecido em primeiro lugar na preferência pública para suceder Nicolas Sarkozy na França. E vem da Alemanha, país devastado pela loucura xenofóbica de Adolf Hitler, o mais recente - e desconcertante - exemplo desse sentimento atávico de intolerância e preconceito. Trata-se do sucesso sem precedentes do livro “A Alemanha destroi a si mesma”, numa tradução livre, lançado pelo ex-diretor do banco central e membro do Partido Social Democrata Alemão, Thilo Sarrazin, 66 anos. O autor apresenta dois problemas que podem “destruir o país”, em sua concepção, e os descreve da seguinte maneira: os imigrantes turcos e muçulmanos não conseguem se integrar na sociedade de trabalho e terminam por usufruir em larga escala das ajudas governamentais. Além disso, a população mais pobre e inculta (em geral, muçulmana, segundo Sarrazin) apresenta altas taxas de fertilidade e assim, podem “baixar o nível médio de inteligência” no seu país.
A trajetória da obra surpreendeu intelectuais alemães que consideraram as teses desenvolvidas pelo autor totalmente delirantes, com o propósito de chocar simplesmente. Mas o que muitos apostaram que cairia em completo esquecimento ganhou força e se tornou uma das publicações mais vendidas do país. Apenas seis meses após o lançamento, o livro já havia comercializado 1,2 milhão de cópias no país -- recorde em se tratando de uma obra de ensaios. A polêmica despertada pelo livro obrigou Sarrazin a pedir demissão de seu cargo, decisão que teve o apoio da chanceler Angela Merkel. E o livro não pára por aí. Ele também, numa evidente nostalgia das teorias nazistas, afirma que judeus e bascos possuem genes diferenciados do resto da humanidade e que por vezes sua integração social é danosa à comunidade. Não é a primeira vez que Sarrazin ganha notoriedade por suas opiniões. Quando foi ministro da Economia em Berlim ele aconselhou aos que pediam aumento no subsídio para o desemprego a usarem mais casacos para economizar nos gastos com calefação.
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