Pablo Villaça: o Brasil, no passado conhecido como uma nação cordial, é hoje um Estado de Ódio

"Depois de anos e anos e anos de uma atuação irresponsável, mal intencionada e ideologicamente comprometida por parte da grande mídia corporativa, temos hoje milhões de criaturas cujo centro moral foi arrancado a golpes de Globo, Folha e Veja. Em seu lugar, preconceito, intolerância e desumanidade foram implantados por cirurgiões travestidos de âncoras de jornal, colunistas de grande portais e juízes", diz o crítico de cinema Pablo Villaça

"Depois de anos e anos e anos de uma atuação irresponsável, mal intencionada e ideologicamente comprometida por parte da grande mídia corporativa, temos hoje milhões de criaturas cujo centro moral foi arrancado a golpes de Globo, Folha e Veja. Em seu lugar, preconceito, intolerância e desumanidade foram implantados por cirurgiões travestidos de âncoras de jornal, colunistas de grande portais e juízes", diz o crítico de cinema Pablo Villaça
"Depois de anos e anos e anos de uma atuação irresponsável, mal intencionada e ideologicamente comprometida por parte da grande mídia corporativa, temos hoje milhões de criaturas cujo centro moral foi arrancado a golpes de Globo, Folha e Veja. Em seu lugar, preconceito, intolerância e desumanidade foram implantados por cirurgiões travestidos de âncoras de jornal, colunistas de grande portais e juízes", diz o crítico de cinema Pablo Villaça (Foto: Leonardo Lucena)


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Por Pablo Villaça, em seu Facebook

O Brasil, no passado conhecido como uma nação cordial, é hoje um Estado de Ódio.

Surpresa seria se não fosse. Depois de anos e anos e anos de uma atuação irresponsável, mal intencionada e ideologicamente comprometida por parte da grande mídia corporativa, temos hoje milhões de criaturas cujo centro moral foi arrancado a golpes de Globo, Folha e Veja. Em seu lugar, preconceito, intolerância e desumanidade foram implantados por cirurgiões travestidos de âncoras de jornal, colunistas de grande portais e juízes.

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O debate se tornou monólogo, opiniões formuladas sem qualquer embasamento minimamente sólido viraram fatos e mentiras se converteram em manchetes que passaram a servir de "evidência" jurídica, criando um círculo vicioso no qual fantasias são legitimadas por jornalistas e passam a ser repetidas ad nauseam até se tornarem "fatos estabelecidos".

Com isso, temos hoje uma direita que não é movida por princípios ideológicos, mas pelo desejo de exterminar a esquerda. Se não conseguem vencer o debate nas urnas, movem a discussão para tribunais dominados por seus pares, ufanados pela mídia chefiada por seus patrões e empurrada nas redes sociais e nas ruas pela força de frustrados de classe média que juram ser respeitados pelas elites às quais sonham pertencer, mas que estarão para sempre fora de seu alcance.

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Como todo movimento fascista ao longo da História, imediatamente se apropriaram dos símbolos nacionais - a bandeira, o hino, o direito de aqui permanecerem - e passaram a tratar os oponentes-agora-inimigos como invasores que só pensam na destruição da pátria. Embalados pelo OuviramDoIpirangaAsMargensPlácidas, berram que sua "bandeira jamais será vermelha" e se sentem os donos de todo o território enquanto gritam "Vá para Cuba/Venezuela/similares".

Os que lutam por direitos iguais para todos e reprovam a violência do Estado são "protetores de bandido"; os que expõem a opressão a minorias são "vitimistas"; os que insistem na democracia e denunciam o golpismo são - sem exceção! - "comunistas/petralhas/esquerdopatas".

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Intimidam, insultam e ameaçam sem qualquer pudor. Sabem que serão protegidos pelo Estado cuja prerrogativa de oprimir apoiam - desde que esta seja direcionada aos "mimimizentos", aos que "fizeram por merecer".

Se identificam como "cidadãos de bem", berram como defendem "família e Deus", porém celebram o fim das vozes silenciadas com mordaças feitas de bala e barras de prisão. Amam se elogiar publicamente, apresentando-se como criaturas "decentes", mas no segundo seguinte publicam posts e tuítes desejando a morte de seres humanos que ousaram pensar diferente.

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Reservam sua compaixão, em vez disso, para a dor de corporações e do pobre "mercado" - estes, sim, as grandes vítimas da insanidade esquerdista. Alegam que a privatização é a cura da corrupção, convenientemente esquecendo que os grandes corruptores estão sentados, em sua maioria, nas mesas diretoras das mesmas empresas que agora querem botar as mãos no que o Estado construiu.

Vomitam contra o bolsa-família, mas acham lindo que o Estado gaste bilhões oferecendo auxílio-moradia a um judiciário já repleto de benesses e beneficiado por salários mais do que confortáveis. Criticam o inchaço deste mesmo Estado, mas sonham com a aprovação em um concurso público. Afirmam seu patriotismo, mas aplaudem toda vez que Trump difama o Brasil e que uma multinacional acrescenta um bem brasileiro à sua carteira de ações.

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E se sentem cada vez mais empoderados, mesmo que odeiem quando esta palavra é empregada por minorias. Sabem que são tão impunes quanto seus políticos e partidos de estimação (que negam ter, mas cujas "reformas" aplaudem).

E por que não deveriam se sentir imunes à "justiça"?

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Os assassinos de inúmeros ativistas estão livres. Os assassinos de Marielle e Anderson estão livres. Os criminosos que atiraram contra a caravana de Lula estão livres. E os terroristas que hoje dispararam contra o acampamento em Curitiba assim permanecerão.

Já Rafael Braga foi condenado a 11 anos de prisão por nada. Obras de arte passaram a ser censuradas com a naturalidade de uma ditadura. Lula está encarcerado depois de um processo repleto de irregularidades encabeçado por um ególatra que se nega até mesmo a obedecer juízes de instâncias superiores à sua e que usou matérias de jornais em vez de provas para colocar em uma cela o líder disparado de todas as pesquisas eleitorais. E que é proibido de receber visitas ou mesmo cuidados médicos por uma outra juíza que aspira à mesma fama do colega mergulhado no autodeslumbramento.

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Ambos sedentos pelos aplausos daqueles que, diante de um vídeo de protesto contra o atentado ao acampamento em Curitiba, responderam com frases como "que isso vire rotina!", "todos tinham que levar um tiro", "20 tiros é coisa de incompetente, pois não levaram pentes extras para dar no mínimo uns 200 tiros" e, claro, "vocês são obra do demônio". E não é à toa que um dos autores destes comentários tinha, como foto de perfil, a imagem do juiz que representa o que há de pior no judiciário brasileiro.

Mas ainda mais chocante é que não percebam que toda ação gera uma reação - e que, quando esta vier, a proteção que julgavam ter acabará se revelando menor do que supunham enquanto aqueles que os transformaram em máquinas de ódio se exilam (como tantos outros golpistas) em Portugal. Que é governado pela mesma esquerda que aqui tentam exterminar.

Afinal, ao contrário do ódio e da estupidez, coerência nunca foi um forte destas criaturas.

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