Os 82 anos da orquestra mais antiga em atividade no Brasil

Orquestra Sinfônica do Recife comemora aniversário, nesta segunda-feira 30, com apresentação no Teatro Santa Isabel, na capital pernambucana

Os 82 anos da orquestra mais antiga em atividade no Brasil
Os 82 anos da orquestra mais antiga em atividade no Brasil (Foto: Divulgação)


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Raphael Coutinho _PE247 – Mais antiga em atividade no Brasil, a Orquestra Sinfônica do Recife (OSR) comemora os seus 82 anos de existência nessa segunda-feira (30) com uma apresentação no Teatro Santa Isabel. O programa traz a obra “Madei-Mamoré”, do recifense Manoel Nascimento, e a Sinfonia número 6, opus 74 – “Patética”, do russo Peter Ilitch Tchaikovsky. O concerto acontece às 20h, com regência do maestro Osman Giuseppe Gioia, e a entrada é gratuita.

A OSR teve o seu concerto inaugural em 30 de julho de 1930, no Teatro de Santa Isabel, tendo à frente um dos seus idealizadores, o maestro Vicente Fittipaldi. Fundada pela Sociedade de Concertos Populares como Orquestra Sinfônica de Concertos Populares, em 1949 passou para a administração municipal e recebeu o titulo que até hoje ostenta. Compositores ilustres como Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone, Marlos Nobre, Guerra Peixe, entre outros, apresentando as suas obras com a orquestra. Grandes regentes e solistas, a exemplo de Isaac Karabtchevsky, José Siqueira, Artur Moreira Lima e Nelson Freire, também emprestaram seus talentos à Sinfônica do Recife.

“Madei-Mamoré” é uma fantasia para orquestra com cinco temas. O primeiro tema (Verde) é uma referência ao pulmão do mundo que é a floresta amazônica. A melodia é feita pelo fagote com o acompanhamento das cordas. O segundo tema (Modinha) é uma canção que faz lembrar a lenda do boto que na época da lua cheia vinha conquistar as garotas dos vilarejos perto das margens dos rios. O terceiro (Sentimental) é uma canção de amor entre um índio e uma branca, um amor impossível, onde a melodia é feita pelo corne inglês, instrumento de sopro de sonoridade melancólica. O quarto tema (Camaleão) faz lembrar o movimento do trem de ferro com cordas e percussão. O quinto e último tema (Memory) é uma balada em homenagem a Percival Farquar, milionário americano que terminou a estrada de ferro Madeira-Mamoré, ligação de Mato Grosso com o Atlântico pelos rios Guaporé, Mamoré, Madeira e Amazonas.

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A Sinfonia n° 6, Opus 74 chamada “Patética” foi composta em 1893, sendo a última obra publicada do compositor e também a ultima que dirigiu. A estreia da obra foi realizada em São Petersburgo poucos dias antes da morte dele. A composição é sombria quase sempre com explosões de fúria e de grande lirismo. O próprio compositor a nomeou de “Pathétique”. A palavra portuguesa “Patética” no seu uso atual não traduz a intenção do compositor que queria dar com esta indicação a noção de que esta era uma obra para ser ouvida “com o coração”, uma obra que pretendia desencadear emoções fortes.

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