O museu do magnata
Homem mais rico do mundo, o mexicano Carlos Slim inaugura em seu pas um moderno museu com mais de 60 mil obras
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Natália Rangel_247 - O empresário mexicano Carlos Slim lidera pelo segundo ano consecutivo a lista das pessoas mais ricas do mundo da revista Forbes. A sua fortuna gira em torno de US$ 74 bilhões (à frente de Bill Gates, com US$ 56 bilhões, e Warren Buffett com US$ 50 bilhões). O magnata das comunicações mexicano é também um apaixonado por artes plásticas, influência da esposa, Soumaya Slim, uma estudiosa de história da arte que o incentivou, desde a época em que se casaram, na década de 1960, a iniciar uma coleção de arte. Cinco décadas depois, e com um amplo acervo com mais de 60 mil peças, o empresário das telecomunicações inaugurou esse mês o moderno Museu Soumaya, na Cidade do México.
Abriu as suas portas com presenças ilustres, entre eles o escritor colombiano Gabriel García Márquez, o jornalista americano Larry King e o presidente mexicano Felipe Calderón. No evento, Slim afirmou que o objetivo do museu é levar o trabalho de grandes artistas estrangeiros aos mexicanos que não têm condições de viajar ao exterior. A entrada será gratuita. Na coleção, há artistas como El Greco, Murillo, Rubens, Pablo Picasso, Auguste Rodin, Salvador Dali, Van Gogh, Claude Monet, Cézanne, Renoir, Matisse, Tiziano e Leonardo da Vinci. Observou um jornalista do jornal espanhol El Pais, com malévola ironia, que a curadoria da mostra organizou uma curiosa disposição das obras. Proeminentes pintores e escultores da antiguidade e artistas modernos dividem espaço com coleções de moedas e medalhas imperiais do México, com um mural de Diego Rivera e um traje do estilista Alexander McQueen.
A curadoria um pouco esquizofrênica se estende aos seis pisos do moderno edifício, todo assimétrico e coberto por 17 mil hexágonos espelhados. “Eles evocam uma magnífica colmeia de trabalho familiar”, disse Slim na cerimônia de abertura. O prédio do museu teve um custo total de US$ 800 milhões e a “esquizofrência” curadoria foi proposital, conforme explicou um dos diretores do museu. A intenção e a ousadia era estabelecer um diálogo entre a história da arte no México e a história da arte do Ocidente. Os antigos mestres europeus dividem a mesma sala com antigos mestres hispano-americanos. Entre as maiores preciosidades do acervo estão as esculturas do escultor francês Auguste Rodin. Slim é dono de uma das mais importantes coleções mundias do artista.
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