O Cristo real de Rembrandt

O pintor holands dedicou mais de cem telas a retratar com humanidade a imagem do lder religioso o Louvre, na Frana, as reuniu pela primeira vez



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Natália Rangel_247 com agências internacionais - A faceta religiosa do atormentado pintor holandês Rembrandt Harmenszoon van Rijn (1606-1669) está reunida em uma mostra recém-aberta no Museu do Louvre, em Paris. O vaidoso e autocentrado artista, autor de pelo menos cem autorretratos, dedicou também sua vida à busca de uma imagem natural e humanizada de Jesus Cristo – e é este o tema da mostra francesa Rembrandt e a Face de Cristo, que trouxe ao museu uma centena de esboços, desenhos e telas que representam as visões do artista de Jesus Cristo. A primeira obra, “Los Peregrinos de Emaus”, data de 1629, quando Rembrandt tinha 23 anos, e mostra Cristo à sombra e de perfil, envolto em uma atmosfera de mistério.

Os retratos que ele faria em sua fase mais madura seriam muito mais realistas, com traços rústicos e marcas expressivas fortes, impregnadas de sentimento e dor. Ao contrário da imagem heroica e majestosa da Antiguidade, os traços de Rembrandt desenham um Cristo humilde, vulnerável e sofredor. O modelo que posou para estas telas foi um jovem judeu que era vizinho do artista. A ideia de organizar esta exposição surgiu de uma anotação feita por um credor de Rembrandt em um documento com o inventario dos bens do artista. Ao visitar o seu atelier, ele anotou: “Um quadro que representa uma cabeça de Cristo ao natural”. Um historiador holandês especializado na obra do pintor tenta com esta mostra responder à questão: Como é possível retratar Cristo ao natural? Este é o segredo das série de retratos pintados pelo artista e seus discípulos, que buscavam uma imagem de Jesus Cristo que se distanciasse dos cânones da antiguidade e do Renascimento. Rembrandt era protestante e um país bastante tolerante com a diversidade de crenças – e é este cenário que permitiu que estes trabalhos reunidos na mostra do Louvre fossem criados em pleno século XVII quando eram muitas as querelas religiosas.

 

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