“O ator precisa do trabalho do palco”

Em entrevista ao 247, Juliano Cazarr fala de atuao e de suas fotos irreverentes que repercutem na internet



✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Natalia Emerich_Brasília247 – Ele participou de filmes como Tropa de Elite, Bruna Surfistinha e O Assalto ao Banco Central. Formado em artes cênicas pela Universidade de Brasília (UnB), o ator Juliano Cazarré, de 31 anos, se dedicou à atuação e conquistou projeção nacional. O último papel na TV foi na novela da Globo Insensato Coração, em que interpretou o vilão Ismael. Em entrevista ao Brasília 247, Cazarré fala de teatro, cinema e da polêmica com suas fotos na internet. O ator posou vestido, mas mostrando o órgão genital. "Todo mundo pode ver mulher pelada. Por que o homem não pode ficar?", provoca.

Como é ter experiência nos diferentes meios de atuação – teatro, cinema e televisão?

Não há uma melhor que a outra. Gostei de atuar em todas elas. O teatro privilegia o ator porque não tem o "corta". Você começa e vai até o fim. O público te assiste ao vivo. Há bastante tempo para preparar o que quer dizer e a mensagem deve, necessariamente, ser concluída. No cinema é exatamente o contrário. Você tem um pequeno espaço de tempo entre a ação e o corta para colocar ali a vida, o mundo e o personagem. Na televisão, existe aquela beleza que é se comunicar com mais de 40 milhões de brasileiros todas as noites.

continua após o anúncio

Como essas áreas interagem umas com as outras?

As artes se complementam. O ator precisa do trabalho do palco. O teatro me parece ainda a melhor base, mas a televisão também pode ensinar muito a um ator de teatro: a questão da prontidão, da rapidez, de como ter que gravar 40 cenas em um dia. No cinema, você grava três ou quatro cenas no máximo.

continua após o anúncio

O que você achou da nova regra do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que agora não vai se restringir aos filmes inéditos?

Muitas vezes bons filmes acabam não podendo ser exibidos no Festival de Brasília porque já passaram em outros lugares. Então de alguma maneira é uma chance de as pessoas assistirem a esses outros filmes. O festival tem que ser pautado pela qualidade. Tem que vir o melhor filme, independentemente se já passou ou não em outros festivais. As pessoas merecem o melhor. Aí daqui a pouco pegam um filme que nem é tão legal, mas não passou por lugar nenhum. Escolhem só pelo ineditismo. O critério não deve ser pelo ineditismo, mas pelo mérito.

continua após o anúncio

E a repercussão das suas fotos na internet?

O fotógrafo (Diego Bresani) que fez as fotos é meu amigo de infância. Nós nos conhecemos desde que estávamos nas barrigas de nossas mães. A gente fez o trabalho porque quis. As imagens foram publicadas com consentimento. As fotos estão no site do Diego, quem for lá vai perceber que as imagens não são eróticas, não foram feitas para dar tesão em ninguém. Não são fotos como as de revistas femininas.

continua após o anúncio

Podemos dizer que foi um momento de irreverência?

Pensamos em fazer fotos bem-humoradas, de autodeboche. Pensei em fazer logo a coisa mais ridícula que eu poderia, que é aparecer com o pinto de fora. Pior do que isso não há nada que eu possa fazer, já paguei esse mico. Agora posso pagar qualquer mico que eu precisar na minha carreira, pois já paguei o supremo. E outra, todo mundo vê mulher pelada, por que homem não pode ficar pelado? Pinto é uma coisa feia. Pau só pode aparecer se for duro, estátuas gregas têm que ter pinto de menino. É só um pinto, galera.

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247