No Recife, Nação Zumbi está em casa

Novo lbum Ao Vivo da maior banda brasileira marca 15 anos de estrada sem Chico Science e mostra que sonoridade do manguebeat est consolidada no pblico

No Recife, Nação Zumbi está em casa
No Recife, Nação Zumbi está em casa (Foto: Divulgação)


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Lucas Reginato _247 - Completando 15 anos de estrada sem Chico Science, Nação Zumbi lança seu CD e DVD Ao Vivo em Recife. Não poderia ser em outro lugar para comemorar – por que não? – a longa vida daquela que é provavelmente a maior banda brasileira. Lideradas por Jorge du Peixe, plateia e banda mostram que existe sim grande diferença entre a Nação no palco e no estúdio – não que um seja melhor que o outro – mas se em um existe a possibilidade de experimentação e acuidade técnica, apenas ao vivo a banda pode mostrar por completo a sua vitalidade.

No repertório escolhido, misturam-se faixas dos tempos de Science, de origem do movimento manguebeat, até canções mais atuais, quando, com sonoridade consolidada, os artistas tiveram a oportunidade de criar em cima dos tambores viscerais de Gilmar Bola 8. Quatro faixas do último álbum de estúdio da banda – Fome de Tudo, Inferno, Infeste e Bossa Nostra – em comparação com outras como Rios, Pontes e Overdrives, se mostram muito mais sóbrias.

Não bastasse a seleção que é Nação Zumbi – que ainda conta com Pupilo na bateria, Dengue no baixo e Lúcio Maia no auge de sua guitarra – convidados especiais fazem jus ao adjetivo. Fred 04, parceiro de Manguebeat, Siba e a Fuloresta, também de Recife, Paralamas do Sucesso, talvez a banda brasileira de fora de Recife que mais tenha se aproximado da Nação, e Arnaldo Antunes, que tem claras similaridades musicais e estéticas com o manguebeat.

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Na gravação do álbum ao vivo, faixas novas também foram apresentadas. Cordão de Ouro, que foi composta para a trilha sonora do filme Besouro, de 2009, mostra grande sofisticação melódica. Outra interpretação que surpreende é Jornal da Morte, samba de Roberto Silva que ganha uma roupagem diferente e completamente adequada.

Naquelas músicas já conhecidas ao extremo pelo público como Manguetown e Maracatu Atômico, os arranjos foram repensados e, principalmente na segunda, conseguem renovar o que foi feito há 20 anos.

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Por fim, o novo álbum de Nação Zumbi consegue ser uma grande homenagem a sua própria história, à Chico Science e ao movimento Manguebeat. Ao mesmo tempo, porém, é a prova de que a sonoridade que poderia parecer estranha há 20 anos está plenamente compatível ao ouvido brasileiro. Em Recife, Nação Zumbi está em casa.

 

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