Movimentos reagem a show de Caetano e Gil em Tel Aviv
Anúncio de apresentação na cidade israelense causou revolta de movimentos sociais em razão da ofensiva militar do governo de Benjamin Netanyahu no ano passado, que deixou mais de 2 mil mortos em Gaza; "Tropicália não combina com Apartheid" é o título de uma página no Facebook, que já coletou mais de oito mil assinaturas pelo boicote; também circula nas redes a hashgtag #CancelaCaetanoeGil; em resposta, foi criado o movimento "Tropicália combina com liberdade"
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247 – Mais de oito mil pessoas assinaram até esta manhã a uma petição online organizada pela comunidade "Tropicália não combina com apartheid", criada no Facebook, que apela aos cantores Caetano Veloso e Gilberto Gil para que não se apresentem em Tel Aviv, Israel. Mais de duas mil pessoas curtem a página na rede social. Também circula nas redes a hashtag #CancelaCaetanoeGil.
A campanha, criada pelo movimento global BDS (boicote, desinvestimento e sanções), de boicote a Israel pelo fim da ocupação de territórios palestinos, é contra a ofensiva militar do governo de Benjamin Netanyahu que, no ano passado, deixou mais de dois mil mortos em Gaza. "Pedimos a Caetano&Gil que cancelem seus shows em Isarel", diz o lema da comunidade virtual, que traz declarações de apoio de personalidades como o padre Julio Lancellotti e o rapper de Brasília GOG.
Um vídeo publicado na comunidade traz o depoimento de uma jovem que se identifica como Sahar Vardi, "ativista por justiça, igualdade e liberdade e combate à militarização da sociedade israelense". Sua apresentação no vídeo informa que ela "vive em Jerusalém, já foi presa três vezes por se recusar a servir ao Exército de Israel".
Um trecho de seu apelo diz: "Em geral, nessa 'cidade unificada', que foi ocupada em 1967, os palestinos não têm os mesmos direitos. Eles não têm os mesmos direitos que eu tenho ou os mesmos direitos das pessoas que estarão marchando [na próxima semana em celebração à ocupação da Palestina]. Isso é apartheid. E nós estamos pedindo a vocês: não toquem aqui, não participem ou apoiem isso".
Em resposta, foi criado o movimento "Tropicália combina com liberdade", que defende a apresentação dos artistas. Sua mensagem diz: "A campanha 'Tropicália não combina com Apartheid', feita pelo movimento BDS de boicote à Israel, demonstra claro desconhecimento, tanto sobre a política israelense atual, quanto ao Apartheid. Israel é um país no qual reina o respeito à diversidade, à liberdade e à tolerância".
Os artistas não se manifestaram até o momento.
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