Morre o escritor Christopher Hitchens
Intelectual britnico era ateu e escreveu o livro "Deus No Grande", em que criticou as principais religies
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247- O jornalista e escritor britânico Christopher Hitchens morreu nesta quinta-feira, aos 62 anos, em Houston, EUA. Segundo a revista americana Vanity Fair, a causa da morte foi pneumonia, decorrente de um câncer complicado no esôfago.
Ainda segundo a revista, "Christopher Hitchens foi um crítico incomparável, um mestre da retórica com uma inteligência aguçada, e um bom vivant destemido”.
O intelectual britânico era ateu e escreveu o famoso livro "Deus Não É Grande", em que criticou as principais religiões, argumentando que a religião era a fonte de toda a tirania e que muitas das perversidades no mundo haviam sido cometidas em nome de Deus.
Além desse livro, Hitchens escreveu 25 livros obras, dentre elas "Cartas a um Jovem Contestador", "A Vitória de Orwell", "O Julgamento de Kissinger" e "Amor, Pobreza e Guerra". Além disso, escreveu para as publicações Vanity Fair, The Nation, Harper's, e The New Yorker.
Como comentarista político, Hitchens tornou-se conhecido ideologicamente vinculado à esquerda política. A ideia que ficou clara nos anos 1989 , quando ele chamou de "reação tépida" da esquerda política europeia em relação ao fatwa emitido por Ayatollah Khomeini que pedia o assassinato do escritor Salman Rushdie.
Quando ocorreram os ataques de 11 de Setembro de 2001, Hitchens ficou mais favorável à política externa intervencionista, baseado nas suas fortes críticas do que ele chamava de "fascismo com uma face Islâmica" ("fascism with an Islamic face"). Mas Hitchens não aceitava o rótulo de conservador, que concederam a ele, e provocava seus críticos acusando-os de ser "stalinistas sem remorsos". Um de seus últimos alvos era o papa Bento XVI, que ele acusava de ter encoberto escândalos sexuais na Igreja Católica quando era cardeal.
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