MLK/FBI: documentário aborda intensa perseguição e vigilância do governo dos EUA a Martin Luther King

O documentário ‘MLK/FBI’, dirigido por Sam Pollard, busca se aprofundar no tema da perseguição que Martin Luther King Jr. sofreu por parte do FBI, mas se aprofunda, mostrando a ofensiva de John Edgar Hoover contra o movimento operário, comunista, negro e radical nos Estados Unidos ao longo do século XX

Rev. Martin Luther King Jr.
Rev. Martin Luther King Jr. (Foto: HANDOUT)


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247 - Apesar das diversas denúncias, feitas por ativistas dos direitos humanos, jornalistas, escritores e outros, sobre a espionagem do FBI (polícia federal norte-americana) ao militante Martin Luther King Jr., um dos principais líderes da luta pela igualdade racial e contra a segregação nos Estados Unidos na década de 1960, pouco se sabe sobre a extensão do caso.

O assunto é o tema do documentário ‘MLK/FBI’, dirigido por Sam Pollard, que busca se aprofundar no tema e mostrar a perseguição que King sofreu por parte do FBI. O então chefe da Polícia Federal norte-americana, John Edgar Hoover, via o ativista, que mobilizou milhões na Marcha em Washington (1963), como uma das principais ameaças ao país.

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O documentário, porém, vai além e busca denunciar uma intensa política de perseguição a vigilância a diversos militantes de esquerda no período, que vai da luta dos negros por igualdade até as mobilizações gerais de 1968 - colocando tudo isso numa perspectiva histórica.

King estava longe de ser o primeiro líder afro-americano a ser monitorado de perto pelo FBI. A obsessão de Hoover em quebrar o radicalismo nos EUA o levou a manter o controle sobre os membros das organizações de direitos civis, nacionalistas negros, socialistas e organizações comunistas da década de 1920 até sua morte no início dos anos 1970.

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Hoover chefiou a polícia de 1924 a 1972, um longo período da história norte-americana, que passou por greves e mobilizações operárias, assim como por uma intensa luta dos negros contra a segregação, que chegou ao conflito armado contra a polícia e grupos fascistas e supremacistas em diversas ocasiões.

MLK/FBI aborda, além da briga entre King e o governo federal, um panorama mais amplo: da batalha de Hoover contra a luta pela liberdade negra até sua perseguição desenfreada contra organizações radicais e comunistas nos EUA, sob a alegação de proteger a democracia liberal, o que muitas vezes significava exatamente o oposto: o fortalecimento de uma ditadura disfarçada.

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O filme estreou no Festival de Toronto em 2020 e ainda não tem data para estrear no Brasil.

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