Miséria norte-americana
Em "The World Made Straight", lançado nos EUA em janeiro, o estreante a diretor David Burris adapta o best-seller de Ron Rash (2006) levando o drama para as telas; o melhor do filme é a crítica velada sobre a miséria das pequenas cidades do sul norte-americano
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Por Rafael Samways, para o 247
Na Tela
Tive acesso ao "The World Made Straight", lançado nos EUA em janeiro de 2015. O estreante a diretor David Burris adapta o best-seller de Ron Rash (2006) levando o drama para as telas.
O filme tem uma cadência diferente. Às vezes ele parece ser lento. Às vezes tem um ritmo mais rápido. Contudo, o melhor é a crítica velada sobre a miséria das pequenas cidades do sul norte-americano.
A obra mescla as marcas da Guerra de Secessão com as dificuldades financeiras/sociais dos Estados Unidos, ainda hoje. Pelo trailer, talvez o que mostre é mais uma trama de vingança familiar. No entanto, o filme busca sensações mais profundas e críticas sociais.
O elenco traz nomes populares em blockbusters como o Jeremy Irvine (revelação em Cavalo de Guerra, de Spielberg - 2011) e Minka Kelly (Mordomo da Casa Branca - 2013). No entanto, atenção para a participação do Haley Joel Osment. Talvez um dos atores mirins que "morreram na praia" no boom dos DVDs. Ficando marcado com um único personagem. No caso, o Haley é ultra conhecido com a frase: "i see dead people". Lembra? Sim, era o ator que fez história junto com Bruce Willis em Sexto-Sentido. Uma pena, ele faz uma ponta na película e não teve espaço para ser mais relevante.
Por fim, fiquemos atento para o lançamento no Brasil. Imagino que não entre em circuitos nos cinemas. Porém, deverá sair certamente em Blue-ray ou em plataformas online.
Já nas salas de cinema, fiquei animado em saber que entrou em cartaz "Os Contos da Princesa Kaguya", indicado ao Oscar 2015. A animação foi feita inteiramente à mão e promete muita sensibilidade pelo olhar do diretor Isao Takahata. Ainda não assisti. No entanto, as fábulas orientais me atraem muito. Deverei dedicar uma outra coluna com minhas impressões do "filme desenhado".
No Mp3
Todos têm em mente que "Garota do Ipanema" (Vinícios e Jobim - 1963) ou "New York, New York" (Interpretada por Sinatra - 1977) são as canções mais tocadas no mundo. E são! Contudo, existe outra tão executada: o clássico francês "La mer", de Charles Trenet - Composta em 1943 e gravada em 1946. O "hino" foi interpretado e regravado em vários idiomas e vozes. Segundo o instituto que cuida da memória de Trenet, foram mais de 400 vezes, tornando-a uma das músicas mais importantes do século XX.
Para mim, a versão mais gostosa é a cantada pelo Júlio Iglesias. Com toques de Disco e Metais encorpados fez muito sucesso no final dos anos 1970. Dê o play aí e depois me fale se não é gostosa a canção:
Para comparar e matar a curiosidade, escute a versão original, de 1946:
No Confessionário
Sou um entusiasta das obras de ficção do Umberto Eco e suas reflexões sobre o jornalismo e a narrativa. O "mestre" italiano tem várias publicações na praça. Talvez os mais marcantes sejam o best-seller "O Nome da Rosa" (ficção) e o "Apocalípticos e Integrados" (cientifico/acadêmico). Ambos obrigatórios para estudantes de comunicação e artes. Porém, depois de assistir uma entrevista dele na televisão a cabo, fiquei envergonhado ao perceber minha ignorância. O Eco tem uma ficção que, segundo ele, é a sua obra prima. Trata-se do "O Pêndulo de Foucault" lançado em 1988.Essa obra é cheia de conspirações de sociedades secretas e tem alguns trechos de livros antigos. Deve ser muito interessante, já que o assunto conspiração está no imaginário coletivo. Vamos sair da frente da tela. Deixar de escutar umas músicas para dedicar um tempinho na leitura desta "mistura fantástica".
Namastê.
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