Mavka: você ainda vai ouvir
O quarteto formado em Sorocaba faz um som digno da ateno; conhea algumas msicas
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Por Gisele Federicce
O som de um quarteto de Sorocaba com nome mitológico – Mavka – deve chegar em pouco tempo aos seus ouvidos. E isso não porque há um integrante famoso ou um grande empresário responsável pela sua divulgação, mas pelo fato de a banda produzir uma música digna de receber a atenção dos interessados por um trabalho que surge na garagem. Formada oficialmente em setembro, a banda estreou nos palcos em janeiro deste ano, na cidade de nascimento dos integrantes, no interior de São Paulo. Na capital, já se apresentaram no Tapas, da Rua Augusta, na Casa Dissenso, em Pinheiros, e na Livraria da Esquina, na Barra Funda.
O EP lançado em abril, “Mavka”, traz quatro títulos, dos quais ganhou maior notoriedade Dylan´s Song, composto por Bea Rodrigues, que também escreveu Child. A música, claro, é uma homenagem ao músico Bob Dylan. “É uma referência ao tipo de som que ele fazia, mas a letra retrata uma época da minha vida”, diz Bea. A baixista e vocalista de 24 anos já está em sua segunda banda – participou antes da Madeleine K, hoje já extinta – e leva a Mavka em paralelo à formação “7 Leões”, de São Paulo.
O baterista de 20 anos Victor V-B – conhecido como “Gringo”, por ser de Chicago – é parceiro de Bea nas composições e responsável pelas duas outras letras do disco: Aside e Ribbons. Os outros integrantes são a tecladista Duda Caciatori, 20, quem confessa, em uma entrevista ao blog Floga-se, ter tocado o instrumento pela primeira vez por conta do Mavka, e o guitarrista Pedro Yue, 25, cuja cabeça é a principal origem das melodias da banda.
As referências de Mavka são Sonic Youth, Cat Power, Hole, Silversun Pickups, além de jazz e rock experimental. Mas tudo começou mesmo com uma música da antiga banda de Pedro, que nunca havia sido lançada, da qual decidiram tirar como base para o início de uma identidade própria. O processo de composição é feito à distância e com uma dose de tecnologia – já que Bea Rodrigues mora e trabalha em São Paulo e só pode viajar no mínimo a cada 15 dias. Por isso, ela recebe os rifes de Pedro por e-mail, ouve em casa e chega ao ensaio com melodia pronta.
Um novo disco já está a caminho e deve ser lançado provavelmente em novembro. “Já há duas músicas prontas e as outras serão diferentes das que estão no EP”, diz a vocalista. O grupo tem como lema produzir os trabalhos por eles mesmos. Se houver a oferta de um selo para o lançamento do novo disco, por exemplo, este seria realmente o único objetivo: divulgar. No próximo sábado, a banda se apresenta na Zona Norte de São Paulo, no Isis Rock Bar.
Assista aos vídeos e conheça Child e Ribbons. Para ouvir as outras músicas do EP, acesse o site oficial da banda.
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