Marighella é exemplo de resistência para o Brasil de agora, diz Wagner Moura

Em sua estreia na direção de um longa, Wagner Moura escolheu contar a história do guerrilheiro baiano Carlos Marighella;  o filme vai acompanhar a vida de Marighella entre 1964 e 1969, até sua morte por policiais numa emboscada em São Paulo;"Eu quero que o filme seja um depoimento nosso contra a escrotidão, contra a injustiça, a falácia, a opressão, o golpe. Contra o golpe. Não tem essa de dizer que o filme é imparcial", diz Moura; o artista critica ainda a produção "Polícia Federal: A Lei é para todos", que ele diz que "ninguém sabe de onde veio o dinheiro"

41º Festival de Cinema de Gramado - 10/08/2013 - Coletiva de imprensa com o ator homenageado Wagner Moura. Foto: Edison Vara/PressPhoto
41º Festival de Cinema de Gramado - 10/08/2013 - Coletiva de imprensa com o ator homenageado Wagner Moura. Foto: Edison Vara/PressPhoto (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - Wagner Moura sabe que o tema que escolheu para seu primeiro filme como diretor será visto como um manifesto político de um ator associado a uma ideologia de esquerda. Mas ele não se importa, pelo contrário: “A gente tem que sair das cordas e partir para o ataque”, diz.

Produzido pela O2, o filme vai acompanhar a vida de Marighella entre 1964 e 1969, até sua morte por policiais numa emboscada em São Paulo.

"Eu quero que o filme seja um depoimento nosso contra a escrotidão, contra a injustiça, a falácia, a opressão, o golpe. Contra o golpe. Não tem essa de dizer que o filme é imparcial. Meu filme não será imparcial, será um filme sobre quem está resistindo. A esquerda está numa situação difícil, a gente está nas cordas. Os artistas estão ao ponto de ter que dizer que não são pedófilos. A gente tem que sair das cordas e partir para o ataque.

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"Com certeza toda polarização tende a ser burra. A inteligência mora em algum lugar entre uma coisa e outra, e sou completamente refratário a qualquer tipo de boicote. Mas é natural que a quentura da política norteie que filme ou peça que você vai ver. Eu não vi nenhum desses filmes, mas o que eu sei é que o filme da Lava-Jato (“Polícia Federal”) custou R$ 16 milhões, e ninguém sabe de onde veio o dinheiro. Enquanto eu sou chamado de “ladrão da Lei Rouanet”, tem uma galera fazendo com mais facilidade seu trabalho. Não estou os julgando, nem os conheço e torço para que o filme tenha sido bem-sucedido. Mas este momento de polarização gera distorções como essa. Tem sido muito difícil para a gente captar por causa do tema, e parece que foi mais fácil para a galera fazer o outro."

As informações são de reportagem de André Miranda em O Globo.

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