Justiça chilena aumenta penas para assassinos do músico Victor Jara
Líder internacional em canção de protesto e membro do Partido Comunista (PC), Jara foi preso, torturado e morto a 44 balas após o golpe militar liderado por Augusto Pinochet em 11 de setembro de 1973
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Prensa Latina - A justiça chilena aumentou nesta terça-feira, 23, as penas de prisão contra sete soldados aposentados pelo sequestro e assassinato do famoso cantor e compositor Víctor Jara e do ex-diretor penitenciário Littré Quiroga.
Líder internacional em canção de protesto e membro do Partido Comunista (PC), Jara foi preso, torturado e morto a 44 balas após o golpe militar liderado por Augusto Pinochet em 11 de setembro de 1973.
Seu corpo e o de Quiroga, também membro do PC, foram encontrados fora do Cemitério Metropolitano.
Por esses crimes, o Tribunal de Justiça de Santiago decidiu aumentar para até 25 anos a pena de prisão dos ex-policiais Raúl Jofré, Edwin Dimter, Nelson Haase, Ernesto Bethke, Juan Jara e Hernán Chacón.
Um sétimo soldado, Rolando Melo, terá de cumprir oito anos de prisão por encobrir os fatos.
“Víctor e Littré eram chilenos nos quais a pior face da tortura é simbolizada. O processo judicial de ambos deu um novo passo para a obtenção de uma justiça desejada e esperada há tantos anos”, declarou o advogado de direitos humanos e autor do processo, Nelson Caucoto.
Segundo relatório da Comissão Valech, publicado em 2011, durante a ditadura de Pinochet (1973-1990), foram registrados no país mais de 40.000 casos de violações de direitos humanos, incluindo 3.000 assassinatos e desaparecimentos.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247