Jorge Ben Jor completa 70 anos e não sai do palco
As apresentaes do Rei do Sungue no duram menos de trs horas e so acompanhadas sempre por plateias jovens talvez pela quantidade enorme de sucessos que comps durante sua carreira
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Lucas Reginato _247 - Quem já foi em um show de Jorge Ben Jor sabe. É surpreendente como, aos 70 anos, o músico consegue manter tanta energia em cima do palco. Tem controle total da plateia, da sua banda e uma musicalidade suingada que extrapola sua voz. Quem ainda não teve oportunidade de vê-lo ao vivo, não se preocupe – a idade não impede que o “Rei do Suíngue” faça shows semanalmente e continue tendo pique para aguentar a maratona de apresentações.
Um grande problema nestes shows sempre muito animados é a quantidade enorme de hits que Ben Jor compôs durante sua carreira. É muito comum, em seus shows, que alguma canção aguardada pelo público não seja entoada por ele – mesmo com apresentação longas, de até 3 horas, como realmente acontece, não há tempo suficiente para traduzir em apenas uma aparição os 50 anos de sucesso. Interessante notar ainda que não importa a sua idade, seu público é sempre formado majoritariamente por jovens.
A grande marca de Jorge Ben Jor é seu violão. “Os alquimistas estão chegando”, diz um famoso verso seu. É ele próprio o alquimista dos sons que batuca no violão. Foi desta forma que surgiu no Beco das Garrafas, região boêmia do Rio de Janeiro, onde nasceu já completamente mestiço – influenciado pela bossa nova, pelo samba e pela música negra americana e, ao mesmo tempo, participando do início da jovem guarda com Tim Maia, Roberto Carlos e companhia.
O primeiro hit veio já em seu álbum de estreia, Mas Que Nada, em 1963. Logo depois compôs “Por Causa de Você”, consolidando, nos anos seguintes, sua capacidade de agradar ouvidos brasileiros. Eclético, fez parcerias com artistas de variadas correntes – de Elis Regina a Racionais MC’s, tendo uma forte participação na Tropicália no fim dos anos 60.
A inquietude musical e a reinvenção fizeram da carreira do músico uma montanha-russa, tendo ele inclusive mudado seu nome artístico de Jorge Ben para Jorge Ben Jor nos anos 80. Se foi, por um lado, inconstante, algumas coisas estiveram sempre presente – o suingue e a simpatia.
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