“Jackie” retata comportamento da ex-primeira-dama dos EUA após morte de JFK

Com direção de Pablo Larraín e roteiro de Noah Oppenheim, a produção se limita a fazer um exercício de imaginação sobre o que teria acontecido nos dias que sucederam a morte de Kennedy; atriz Natalie Portman é incumbida de interpretar a protagonista, compondo um tipo, que, de início, causa estranhamento por se apegar aos trejeitos e copiar o sotaque de sua personagem; foco da trama é o comportamento de Jackie após a perda, resguardando a imagem do marido e, ao mesmo tempo, tendo de cuidar dos dois filhos no meio de todo aquele turbilhão; resenha de Houldine Nascimento 

Com direção de Pablo Larraín e roteiro de Noah Oppenheim, a produção se limita a fazer um exercício de imaginação sobre o que teria acontecido nos dias que sucederam a morte de Kennedy; atriz Natalie Portman é incumbida de interpretar a protagonista, compondo um tipo, que, de início, causa estranhamento por se apegar aos trejeitos e copiar o sotaque de sua personagem; foco da trama é o comportamento de Jackie após a perda, resguardando a imagem do marido e, ao mesmo tempo, tendo de cuidar dos dois filhos no meio de todo aquele turbilhão; resenha de Houldine Nascimento 
Com direção de Pablo Larraín e roteiro de Noah Oppenheim, a produção se limita a fazer um exercício de imaginação sobre o que teria acontecido nos dias que sucederam a morte de Kennedy; atriz Natalie Portman é incumbida de interpretar a protagonista, compondo um tipo, que, de início, causa estranhamento por se apegar aos trejeitos e copiar o sotaque de sua personagem; foco da trama é o comportamento de Jackie após a perda, resguardando a imagem do marido e, ao mesmo tempo, tendo de cuidar dos dois filhos no meio de todo aquele turbilhão; resenha de Houldine Nascimento  (Foto: Aquiles Lins)


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Houldine Nascimento, especial para o 247 - Quem não conhecer minimamente a trajetória de Jacqueline Kennedy vai pensar que sua vida se limitou a cuidar do legado de seu primeiro marido, o presidente dos Estados Unidos John Fitzgerald Kennedy, assassinado em 1963, em circunstâncias ainda muito debatidas. É essa impressão que o filme Jackie (2016), que estreia nos cinemas do Brasil nesta quinta-feira (2), passa sobre a ex-primeira-dama. Anos depois da morte do líder norte-americano, ela se uniu ao magnata grego Aristóteles Onassis e se fechou para o seu passado durante muito tempo.

Com direção de Pablo Larraín e roteiro de Noah Oppenheim, a produção se limita a fazer um exercício de imaginação sobre o que teria acontecido nos dias que sucederam a morte de Kennedy. A atriz Natalie Portman é incumbida de interpretar a protagonista, compondo um tipo, que, de início, causa estranhamento por se apegar aos trejeitos e copiar o sotaque de sua personagem. O foco da trama é o comportamento de Jackie (como era carinhosamente chamada) após a perda, resguardando a imagem do marido e, ao mesmo tempo, tendo de cuidar dos dois filhos no meio de todo aquele turbilhão.

O enredo sintetiza que ela foi a responsável por hiperdimensionar a figura do esposo e que, por isso, ele passou a ser apontado como um dos mais importantes líderes dos Estados Unidos. O fato é que o País era um barril de pólvora prestes a explodir pela segregação racial e as diversas cobranças feitas pelo Movimento dos Direitos Civis.

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Por sua disposição e força demonstradas naquele momento, Jacqueline Kennedy acabou se tornando um ícone da moda com as roupas que vestia à época. O terno rosa manchado pelo sangue de JFK, que aqui pouco aparece, marcou a tragédia e entrou para a história. Para aproximar o público das emoções que a personagem sente, Larraín aposta em close-ups, como na cena do avião, em que o rosto de Jackie está com sangue espalhado em várias partes, assim como sua roupa. E a retratação é bastante realista. Já os sons compostos pela musicista inglesa Mica Levi tentam passar uma sensação perturbadora a quem assiste.

No entanto, o filme reduz sua personalidade à servidão ao marido, à proteção de seu legado e beatifica a eterna primeira-dama, mesmo tentando trazer aspectos contraditórios (o cigarro que ela fuma em algumas passagens, por exemplo). É a partir de uma entrevista concedida dias depois ao assassinato que ela rememora o que sentiu ao estar ao lado do marido durante os disparos. Nesse sentido, a produção ousa ao mostrar o momento-chave. Também é nessa conversa com o jornalista Theodore White (Billy Crudup) que ela criou o mito de "Camelot", associando-o ao marido.

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Indicada ao Oscar de Melhor Atriz, Natalie Portman está perdendo fôlego na corrida pela estatueta mais cobiçada do cinema. Vencedora de diversos prêmios, incluindo o Critics' Choice, ela ficou pelo caminho no Globo de Ouro – derrotada pela francesa Isabelle Huppert ("Elle") – e no Screen Actors Guild – ganho por Emma Stone, de "La La Land" –, que é considerado o principal termômetro para o que deve ocorrer na Academia.

Conselheiro de JFK, Robert "Bobby" Kennedy (Peter Sarsgaard) também aparece no filme, que ensaia alguns desentendimentos entre ele e Jackie. Numa tentativa de humanizá-la, o longa mostra os questionamentos que Miss Kennedy fazia sobre sua fé diante da perda do marido ao conversar com um padre (o saudoso John Hurt).

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Principal nome do cinema chileno neste momento, o diretor Pablo Larraín ("No" e "O Clube") foi seduzido pelo "canto da sereia" ao rodar seu primeiro trabalho nos Estados Unidos. O resultado deve agradar o espectador comum, que provavelmente se envolverá com o que é retratado.

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