Grafite da discórdia

Museu de arte contempornea de Los Angeles promoveu a primeira retrospectiva mundial do grafite - associao de moradores acusa curadoria da mostra de incentivar pixao da cidade



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Natália Rangel_247 - A abertura da mostra Art in the Streets, em Los Angeles, desencadeou uma fervorosa discussão na cidade sobre a suposta “supervalorização” do grafite pelo Museu de Arte Contemporânea, o Moca. Como boa parte das obras foi exposta ao lado de fora do museu, comunidades vizinhas se indignaram afirmando que a instituição estimulou a pixação no local e patrocinou o “vandalismo” do patrimônio público. Com slogans do tipo “lugar de obra de arte é dentro do museu”, o protesto ganhou editoriais ferozes nos jornais locais. Isso porque grafiteiros americanos e estrangeiros que não tiveram seus trabalhos incluídos na mostra, decidiram participar pelo lado de fora. E desenharam em prédios, pontes e viadutos das redondezas. Tudo com a ciência da curadoria do evento, representada por Jeffrey Deitch.

O assunto foi parar na corte judicial local. Enquanto isso, a mostra se rejubila por reunir todos os grandes nomes da street art na primeira grande retrospectiva deste movimento cultural desde a década de 1970 até hoje. Os Gêmeos são os únicos brasileiros a integrar a exibição que começou neste doningo 17. Entre os trabalhos reunidos estão obras de Keith Haring , Basquiat, fotografias de Larry Clark, Terry Richardson e Spike Jonze chegando as grandes nomes da atualidade com Banksy, JR e Shepard Fairey.

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