Gil dá conselhos a Margareth Menezes, ministra da Cultura: "nossa experiência pode contribuir nesse momento de restauração"

O artista e ex-ministro também falou sobre o terrorismo bolsonarista: "a cultura é sempre o primeiro inimigo do fascismo, do nazismo e do reacionarismo"

Gilberto Gil
Gilberto Gil (Foto: Divulgação/Fernando Young)


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247 - O cantor e compositor Gilberto Gil, ministro da Cultura de Lula entre 2003 e 2008, revelou ao jornal O Globo que vem dando conselhos à nova titular da pasta, a também cantora Margareth Menezes. "Margareth vem me pedindo conselhos e também tem falado muito com Flora [Gil, esposa de Gilberto Gil], especialmente sobre a adaptação dela à vida no Planalto. Também conversamos muito sobre indicação de nomes que trabalharam conosco na minha época como ministro e que poderiam ser chamados novamente".

"Sempre que formos solicitados para dar ideias ou indicar nomes de especialistas, iremos ajudar. Nossa experiência pode contribuir muito nesse momento de restauração, reprogramação de políticas culturais", completa.

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Foi Gil quem apresentou à Margareth Marco Lucchesi, nomeado presidente da Biblioteca Nacional. O ex-ministro avisou à atual chefe da pasta sobre a ligação de Lucchesi com a instituição.

O artista disse ser difícil fazer já uma avaliação sobre o Ministério da Cultura, principalmente do que chamou de "empecilhos iniciais", em referência aos atos antidemocráticos e golpistas por parte de bolsonaristas. "O governo começa com movimentos muito cuidadosos porque tem mãos e pés atados. A transição tem sido traumática porque tem que se substituir muita coisa que estava destrambelhada no governo anterior. Construir uma governança do ponto de vista operacional e uma governabilidade do ponto de vista político. E já com a oposição ali no pé de Lula e de seus ministros".

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Gil comentou os atos de terrorismo promovidos por bolsonaristas em Brasília no último dia 8, quando obras de arte e diversos itens do patrimônico cultural brasileiro foram destruídos. "O que eu sinto? Ora, sou artista, opero e me exerço trabalhando com a arte! Todas essas coisas caracterizam um sentimento de pasmo e revolta em relação a essas atitudes talibânicas desse grupo bolsonarista. A cultura é sempre o primeiro inimigo do fascismo, do nazismo e do reacionarismo. E ainda tem muita gente que se identifica com essa forma de ver o mundo. Mas é natural porque essas pessoas concordavam com o grande estimulador desse processo, que é o ex-presidente".

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