Funcionários do Arquivo Nacional emitem carta aberta contra a nova direção

A carta revela a insatisfação dos funcionários com as políticas “privatistas” em torno de várias coleções e acervos

Sede do Arquivo Nacional, no centro do Rio de Janeiro.
Sede do Arquivo Nacional, no centro do Rio de Janeiro. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)


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Por Denise Assis, 247 — Funcionários do Arquivo Nacional, agora sob o guarda-chuva do ministério de Gestão – eram ligados ao Ministério da Justiça -, vieram a público através de carta aberta manifestar insatisfação e temor com relação a uma série de “novidades”, já não são tão novas assim (pois vieram da gestão de Bolsonaro), quanto à administração da casa e o destino dos documentos sob a guarda do AN.

Na carta, denunciam a continuidade de uma política “privatista” entorno de várias coleções e acervos, que deverão ter guarda compartilhada com empresas e instituições alheias ao Arquivo Nacional. Reclamam, ainda, de cargos e remanejamentos feitos pela nova direção, prejudicando o bom funcionamento e as carreiras dos funcionários. Segue a íntegra da carta:

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carta

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos emeitiu nota sobre o assunto nesta segunda-feira (3):

"O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos reitera seu compromisso com a revitalização do Arquivo Nacional, em processo iniciado com a recente posse da nova diretora-geral, Ana Flávia Magalhães Pinto. A nova direção tem tomado medidas para diagnosticar necessidades internas, a fim de que o órgão possa se fortalecer na gestão dos documentos sob sua responsabilidade. As ações visam reverter o avanço do desmonte realizado no governo passado.

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Nesse sentido, já empreendeu esforços do qual faz parte o repasse de R$ 3,3 milhões do Ministério da Gestão para o Arquivo Nacional para reparos estruturais. O governo de união e reconstrução tem como princípio a defesa da democracia, da qual a memória nacional é parte fundante.

Cabe ressaltar que o Decreto nº 11.437, que define as competências de todo o Ministério da Gestão e também do Arquivo Nacional, não permite qualquer projeto de terceirização ou guarda compartilhada de documentos públicos, possibilidade rejeitada pela atual direção da instituição e também do Ministério da Gestão. A direção do Ministério e a do Arquivo reafirmam seu compromisso de primar pelo diálogo aberto, o que inclui discussões sobre competências e outros temas levantados por servidores/as".

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