Fotolivro conta a história do embaixador José Jobim e sua luta por Sete Quedas
Na obra, os autores remontam a história do brutal sequestro e assassinato do embaixador José Jobim e a investigação do caso, levantando questões sobre a violência praticada pelo Estado e o poder de construção (e destruição) da memória
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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia
Nesta terça-feira, 5, às 19 horas, os interessados em acompanhar a live de lançamento do livro “Sete Quedas”, entrarão em contato com fotografias, matérias de jornais e documentos de arquivo reunidos pelos autores: Shirlene Linny, Julio Cesar Cardoso e a filha do embaixador, Lygia Jobim. Eles organizaram a obra sob a forma de fotobiografia, com edição de Rony Maltz. A partir desse material eles remontam a história do brutal sequestro e assassinato do embaixador José Jobim e a investigação do caso, levantando questões sobre a violência praticada pelo Estado e o poder de construção (e destruição) da memória.
https://us06web.zoom.us/j/87872935147?pwd=ZkZXZmpNbCt4OUlsTFRIODk3cTlxZz09
No fotolivro, esses momentos são representados pelo projeto de construção da Usina de Sete Quedas, durante o Governo de João Goulart e pela construção da Usina de Itaipu, durante a ditadura. Esse contexto serve de pano de fundo para a montagem de um cenário com os fatos que culminaram no assassinato do Embaixador.
Desde a morte do pai, Lygia Jobim lutou até conseguir, em 21 de setembro de 2018, o reconhecimento oficial pelo Estado brasileiro de que o diplomata José Jobim foi morto após sequestro e tortura pela ditadura militar no Brasil em março de 1979. Nessa data o Estado brasileiro emitiu uma nova certidão de óbito de Jobim corrigida 39 anos após sua morte.
O documento foi resultado dos trabalhos da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e da Comissão Nacional da Verdade, que em seu relatório final, entregue ao governo em 10 de dezembro de 2014, recomendou que o país retificasse a causa de morte de pessoas que faleceram em decorrência de graves violações de direitos humanos, incluindo desaparecidos políticos.
A filha do de Jobim, a jornalista e advogada, Lygia Maria Collor Jobim, entrou com um pedido para corrigir a certidão de óbito de seu pai, que até então trazia causa de morte “indefinida”, a depender “dos resultados dos exames complementares solicitados”. Em entrevista à revista Época ela afirmou que o Brasil tem que conhecer o que aconteceu no passado para que isso não continue acontecendo no presente.
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