Filme conta a história de Violeta Parra

"Violeta Foi Para o Céu" faz um retrato da famosa compositora, cantora, artista plástica e folclorista chilena; longa estreia nesta sexta-feira

Filme conta a história de Violeta Parra
Filme conta a história de Violeta Parra (Foto: Divulgação)


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Violeta o Filme - Baseado no romance homônimo de autoria de Angel Parra, filho de Violeta, "Violeta Foi Para o Céu" de Andrés Wood faz um retrato da famosa compositora, cantora, artista plástica e folclorista chilena Violeta Parra, não só apresentando seus diversos trabalhos, mas também memórias, seus amores e suas esperanças.

Da infância humilde ao reconhecimento internacional, passando pela intensidade de suas contradições internas, falhas e paixões, suas realizações são suspensas em uma jornada apaixonante, com personagens que a fizeram sonhar, rir e chorar.

 

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Violeta Parra

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Em 1964, o jornal francês "Le Figaro", publicou uma matéria com o título: "Leonardo Da Vinci terminou no Louvre, Violeta Parra começa nele", comentando a exposição de Violeta no famoso museu.

Como Edith Piaf, a chilena Violeta Parra era uma cantora popular e ícone da cultura de seu país. Suas canções, como "Gracias a la Vida", expressam a alma da sua nação e protestam contra a injustiça social. Para o Chile, Violeta Parra foi uma heroína nacional.

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Artistas internacionais como Joan Baez, U2, Faith no more, Pete Seeger, Wynton Marsalis, Shakira, Michael Bublé, Juanes, Alejandro Sanz, Laura Pausini, Fher (Maná), Chavela Vargas, Café Tacuba, Joan Manuel Serrat, Mercedes Sosa, Charly García, Silvio Rodríguez, Buena Vista Social Club e Miguel Bosé, entre outros, interpretaram suas canções e contribuíram para divulgar sua voz pelo mundo.

Cantora, autora, colecionadora, poetisa, pintora, escultora, bordadeira e ceramista. Artista multifacetada, ícone da cultura pop, tesoureira e guardiã das nossas mais profundas tradições, além de ser uma mulher de contradições intensas e um gênio único.

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Com mais de três mil músicas e outros trabalhos inspiradores, Violeta Parra conquistou a apreciação da arte nacional e abriu as portas para a nova canção chilena. Parra resgatou a cultura tradicional esquecida, viajou pelo Chile, de norte a sul, para conhecer a voz do seu país, exaltar e salvá-la de estereótipos. Então, ela reinventou-a, criando obras-primas musicais e lançando-as pelo país e pelo mundo. "Criar a partir do que existe", era seu lema.

Suas composições foram elogiadas por críticos em todo o mundo, por suas letras poéticas, criativas e socialmente engajadas, e por seu complexo desenvolvimento musical. Violeta foi uma mulher de vanguarda que estava à frente de seu tempo e, por meio de sua guitarra, protestou, denunciou e condenou injustiças sociais e suas próprias experiências pessoais. Ela passou a falar por meio de seu canto. Suas músicas, com conteúdo político e social, estimularam os corações dos jovens. À sua capacidade como musicista e poetisa, juntam-se a pintura, tecidos e cerâmicas de

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originalidade virtuosa, expondo com um sentimento esperançoso, seu gênio e talento na Argentina, Rússia, Finlândia, Alemanha, Itália e França.

Em 1964, o Louvre abriu suas portas pela primeira vez para um artista latino-americano, e também para a primeira mulher a expor seu trabalho no museu. A arte honesta de suas pinturas e serapilheiras (estopas) triunfaram, enquanto ela sofria por amor.

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Em uma entrevista para a televisão suíça, perguntaram-lhe se, caso tivesse de escolher apenas uma forma de expressão entre poesia, pintura, música ou outras várias disciplinas, ela respondeu: "Eu escolheria ficar com as pessoas, porque são elas que me inspiram". Mas o jornalista insistiu, e Violeta finalmente decidiu que escolheria a pintura, "porque ela é o ponto triste da minha vida, dela eu tento tirar os aspectos mais profundos" – ela disse.

Assim era o mundo íntimo de Violeta, e ele se refletia em suas criações; tristes, sempre humanas, densos e infantis ao mesmo tempo. Brilhante, irônico, muito doloroso, solitário, e fugaz.

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Em 1965, ela voltou para o Chile e construiu uma grande tenda em La Reina, com o objetivo de torná-la o centro da cultura popular. Durante muito tempo, Violeta esperou para levar sua mensagem aos chilenos, uma mensagem de sensibilidade universal que, hoje, eleva-a a categoria de artista com raízes na tradição popular com mais fama internacional, uma representante autêntica do nosso folclore e fonte permanente de inspiração para gerações de músicos populares. Quando Gilbert Favre, o amor de sua vida, a deixou, a tristeza tomou conta de seu coração e de sua vida. Ela anunciou: "O dia em que eu não tiver um amor a quem dedicar minhas canções, deixarei minha guitarra em um canto e deixem-me morrer". E foi o que ela fez.

No dia 5 de fevereiro de 1967, aos 50 anos de idade, mal compreendida pelo público chileno e incapaz de resolver os problemas emocionais que a atormentaram durante toda a vida, um tiro pôs fim à sua existência na tenda de La Reina. O mundo ficou sem ela, mas a autora da canção "Gracias a la vida", ficou em pedaços.

"Escreva como você gosta, use os ritmos que aparecerem, tente diferentes instrumentos, sente-se ao piano, destrua o que é linear, grite ao invés de cantar, arrase na guitarra e toque a buzina. Odeie matemática e ame redemoinhos. Criação é um pássaro sem um plano de vôo, que nunca irá voar em uma linha reta" - Violeta Parra

Da marquise que construiu em Santiago, Chile, Violeta Parra é visitada por pessoas que deram forma à sua vida. Ela está viva, mas talvez esteja morta. Gradativamente vamos descobrindo seus segredos, seus medos, frustrações e alegrias.

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