Ex-ministro diz que MinC se tornou pasta com fácil ingerência política
O cineasta João Batista de Andrade (PPS) pediu demissão na semana passada do Ministério da Cultura, cargo que estava sendo ocupado por Roberto Freire (PPS); Andrade alegou que o MinC tinha se tornado inviável após o corte de 43% dos recursos, e também tinha se tornado território com fácil interferência política; "E um Ministério com orçamento ridículo, o Fundo Nacional da Cultura zerado, sem um centavo de recursos. Instituições culturais desprotegidas, como a Escola de Cinema Darcy Ribeiro, ameaçada de iminente despejo do prédio pelos Correios, ameaça que consegui superar num acordo, ainda em andamento jurídico, mas já aceito pela escola e pelos Correios", relata
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247 - O cineasta João Batista de Andrade (PPS) pediu demissão na semana passada do Ministério da Cultura, cargo que estava sendo ocupado por Roberto Freire (PPS). Andrade alegou que o MinC tinha se tornado inviável após o corte de 43% dos recursos, e também tinha se tornado território com fácil interferência política. A entrevista foi concedida à Carta Capital.
O ministério tem um "passivo enorme de problemas, fruto em grande parte das incertezas e instabilidades políticas nos dois últimos anos", na avaliação dele. "Instituições como Biblioteca Nacional e Cinemateca completamente deterioradas, a Lei Rouanet sob suspeita e um bombardeio destruidor. Uma infinidade de produtores culturais e instituições sob ameaça de altas cobranças por problemas de prestação de contas", afirmou.
"E um Ministério com orçamento ridículo, o Fundo Nacional da Cultura zerado, sem um centavo de recursos. Instituições culturais desprotegidas, como a Escola de Cinema Darcy Ribeiro, ameaçada de iminente despejo do prédio pelos Correios, ameaça que consegui superar num acordo, ainda em andamento jurídico, mas já aceito pela escola e pelos Correios", continua.
"O programa de Pontos de Cultura paralisado principalmente pelas incertezas nos repasses, convênios ineficientes, pontos e pontões cheios de problemas. Mas o agravamento da crise política e a volúpia por cargos inviabilizaram essa blindagem. Hora de sair. Saí e volto a ser cineasta e escritor", acrescenta.
Leia a entrevista na íntegra
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