Estreia põe terroristas dentro da Casa Branca

"Invasão à Casa Branca" demonstra que o diretor Antoine Fuqua não perdeu suas qualidades, assim como também não superou suas falhas; enquanto consome combustível na estética, o conteúdo, na marcha lenta, não acompanha a velocidade do espetáculo, uma espécie de símbolo máximo de seu cinema-videoclipe

Estreia põe terroristas dentro da Casa Branca
Estreia põe terroristas dentro da Casa Branca (Foto: Divulgação)


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SÃO PAULO, 4 Abr (Reuters) - Desde que saiu do mundo publicitário e musical no final da década de 1990, o diretor norte-americano Antoine Fuqua se apresentou como um prolífico realizador, em especial de filmes policiais, como o "Dia de Treinamento", que rendeu a Denzel Washington o Oscar de Melhor Ator (2001).

Embora as tramas fossem um tanto irregulares, era no domínio dos atores, na qualidade e agilidade das cenas, na alta voltagem das sequências de ação e no realismo do que se via na tela (literalmente visceral, em alguns casos) que o cineasta se diferenciava.

O novo "Invasão à Casa Branca" demonstra que o diretor não perdeu suas qualidades, assim como também não superou suas falhas. Enquanto consome combustível na estética, o conteúdo, na marcha lenta, não acompanha a velocidade do espetáculo, uma espécie de símbolo máximo de seu cinema-videoclipe.

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Daí a impressão de ter visto uma boa produção, cuja história não faz sentido.

Basta dar uma olhada no enredo. Aqui, Mike Banning (Gerard Butler, de "300") é um altamente treinado agente do serviço secreto responsável pela segurança do presidente dos Estados Unidos, Benjamin Asher (Aaron Eckhart, de "Batman - O Cavaleiro das Trevas") e sua família. Com intimidade de amigo de infância, luta boxe amador com o presidente, ajuda a primeira-dama (participação especial de Ashley Judd) a escolher brincos e joga videogame com o filho do casal.

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No entanto, um acidente fatal, cuja responsabilidade recai sobre Mike, faz com que ele seja jogado ao trabalho burocrático de sua agência, numa espécie de castigo humilhante. Homem de ação que é, no entanto, Mike não titubeia em correr para a Casa Branca, quando um grupo terrorista invade o símbolo do poder americano.

São 13 minutos para a tomada do local pelo grupo paramilitar, uma sequência que impressiona pelo realismo e frieza com que Fuqua explora a violência brutal de um confronto armado, quando um lado está mais preparado.

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Embora todos seus colegas tenham sido exterminados, o ex-agente consegue entrar na Casa Branca para enfrentar o exército terrorista e seu líder, o norte-coreano Kang (Rick Yune, de "Ninja Assassino"), que conseguiu se infiltrar no bunker do presidente --sob a Casa Branca-- e agora o faz refém. A princípio, o vilão parece querer que as Coreias entrem em guerra, mas Mike desconfia de seus objetivos.

Com participação de Morgan Freeman, como porta-voz da Casa Branca que se torna presidente interino do país devido às trapalhadas de Benjamin Asher, o filme infelizmente se vale de argumentos fracos para construir sua história.

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A entrada de Kang no bunker, as exigências do sequestrador, o vacilo do agente traidor (Dylan McDermott) e as negociações são apenas exemplos de tapeação narrativa que instigam a fazer a velha questão: "Como é que pode?".

Gerard Butler faz aqui um papel que lembra personagens como John McClane (sem o humor de Bruce Willis, em "Duro de Matar") ou mesmo John Matrix (sem a brutalidade robótica de Arnold Schwarzenegger, em "Comando para Matar"), mas até que se sai bem.

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Resta saber se restará algo da Casa Branca em 2013, visto que o diretor Roland Emmerich (de "Independence Day" e "2012") lançará ainda este ano o similar "O Ataque", estrelado por Channing Tatum (da franquia "G.I. Joe").

(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)

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* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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