Em documentário, ativista norte-americana exalta legado de Marielle Franco
Um curta-metragem de meia hora sobre a ex-vereadora do Rio circula nos EUA, exibido em lugares como universidades e congressos

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247 - O curta-metragem de meia hora "I, a Black Woman, Resist" (Eu, Mulher Negra, Resisto) sobre a ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco (PSOL) e idealizado pela ativista norte-americana Sharrelle Barber, 37 anos, circula desde 2018 nos Estados Unidos, exibido em universidades, congressos, coletivos de ativistas negras, organizações feministas e outras instituições não governamentais.
A norte-americana é pesquisadora e professora de epidemiologia social na Universidade de Drexel, na Filadélfia. Os relatos da estudiosa foram publicados nesta sexta-feira (25) pelo jornal Folha de S.Paulo.
"Em 2018, conhecer Marielle e logo depois saber do assassinato dela foi uma experiência marcante, ao mesmo tempo trágica, traumática e transformadora para mim. Logo que entrei na Casa das Pretas, fui tão bem acolhida com abraços e sorrisos por mulheres iguais a mim que me senti em casa. Quando Marielle entrou na sala, tudo se iluminou de um tal modo que era como se ali fosse um solo sagrado", afirmou.
Segundo a estudiosa, Marielle foi importante "como ativista de direitos humanos, enraizada na rica tradição feminista negra e na reunião na Casa das Pretas; de morte – seu assassinato; e de ressurreição – as mulheres negras que se levantaram em resistência para continuar no lugar dela".
O curta-metragem foi uma produção independente da The Free Media Collective/Free Southern Media, codirigido por Sharrelle Barber e pela peruana Amber Delgado.
Assassinato
A então vereadora Marielle Franco foi assassinada em março de 2018 pelo crime organizado em um lugar sem câmeras na região central do município do Rio e, antes do crime, havia perseguido o carro onde ela estava por cerca de três, quatro quilômetros.
Marielle era ativista de direitos humanos e tinha o seu mandato na Câmara Municipal do Rio marcado por denúncias contra a violência policial nas favelas e também criticava a atuação de milícias.
A polícia prendeu Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz. O primeiro deu os tiros e o segundo dirigia o carro no momento do crime, apontaram as investigações. Queiroz também chegou a aparecer em uma foto com Jair Bolsonaro, que teve o seu rosto cortado na imagem.
Lessa também afirmou que o assassinato de Marielle teria sido intermediado pelo ex-capitão Adriano da Nóbrega, chefe Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais do Rio.
Nóbrega morreu durante um confronto com policiais na Bahia, em fevereiro de 2020. Tanto a mãe como a ex-mulher do policial trabalharam para o gabinete de Flávio Bolsonaro quando o atual senador ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
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