Em dia com a rebeldia
Eis aqui exemplos de artistas que estão na estrada há muitos anos e ainda desbravam novidades
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Queridos leitores, no artigo de hoje abordarei alguns artistas que apesar de estarem na estrada há muitos anos não perderam seus ideais, sua estética e continuam a desbravar novidades. São músicos que não pararam no tempo e representam, ainda, muito da rebeldia e da novidade na música brasileira.
Para iniciar, gostaria de falar do cantor e compositor cuja canção intitula esse artigo.
Ciro Pessoa fez parte dos Titãs ainda no início da carreira da banda, deixando canções como Sonífera Ilha, Homem Primata e Toda Cor, que ainda hoje reverberam em rádios e shows pelo país.
Depois disso, fez parte da Cabine C, onde lançou Fósforos de Oxford, com 11 faixas e produzido pelo selo RPM, lançado em 1986. Em 2002 lançou Eu e meu guarda-chuva, com 11 canções infantis compostas em 1985 com seu parceiro Branco Mello, dos Titãs. CD que já rendeu um livro homônimo, uma peça de teatro e um filme lançado em 2010, com direção de Toni Vanzolini. No ano de 2003 lançou seu primeiro CD solo, No Meio da Chuva Eu Grito Help com 11 faixas. O disco foi produzido por Apollo 9 e lançado pela gravadora inglesa Voice Print. Em maio de 2010 lançou Em dia com a rebeldia, seu último trabalho.
Sendo um artista extremamente conceitual, Ciro cria, nesse último disco, um universo psicodélico e surreal, presente também na belíssima capa do cd, que teve a produção de Apollo 9 e do lendário Roy Cicala.
Com musicalidade e elegância, Ciro Pessoa mostra que rebeldia não é irresponsabilidade com a própria obra e nem com o público, uma vez que seu trabalho demonstra maturidade, estética apurada e performance impecável em suas apresentações. E que rebeldia seria essa?
É daquelas coisas que não se explica. Você pode conferir nesse vídeo Em dia com a rebeldia, no Estúdio Showlivre:
http://www.youtube.com/watch?v=m-Jvhgjjj1w
Para conhecer mais de Ciro Pessoa acesse http://www.ciropessoa.com.br/.
Outro rebelde incurável é o cantor e compositor Lobão.
Com uma vendagem de 100.000 cópias da sua biografia 50 anos a mil e uma bem sucedida turnê em 2011, João Luiz Woerdenbag Filho dispensa qualquer apresentação e continua inovando e surpreendendo em cada investida musical que realiza.
Sua última canção que ganhou o Brasil foi lançada juntamente com o livro e disponibilizada gratuitamente para o público, através da internet (http://www.lobao.com.br/). Em Das tripas, coração, Lobão tocou todos os instrumentos, fez os arranjos e a mixagem da música, mostrando sua face de multi-instrumentista e provando que seu conceito musical não é impresso por produtores.
Das Tripas, Coração, dedicada para Júlio Barroso, Cazuza e Ezequiel Neves:
http://www.youtube.com/watch?v=ND77srzzL-I&feature=related
Para encerrar o papo de hoje gostaria de trazer um dos mais talentosos e originais artistas da cena musical brasileira.
Natural de Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, Wander Wildner iniciou na música em 1984 como vocalista na banda Os Replicantes, com quem gravou quatro discos e fez muitos shows até 1989. Depois disso trabalhou como diretor de palco da banda Nenhum de Nos. Paralelamente, montou a banda Sangue Sujo, com quem lançou a fita K7 "Punkrock anfetamínico que matou a modelo", e trabalhou como iluminador de teatro e shows musicais, além de produtor musical e eletricista de cinema, montando em 1994 a banda Los Encarnados.
Somente em 1995 Wander iniciou sua carreira solo como cantor e compositor, apresentando o show “Baladas Sangrentas”.
De lá para cá lançou 6 discos e um DVD intitulado “Aventuras de um PunkBrega”, com videoclipes e shows. Em agosto de 2011 participou do “Split”, com o músico japonês Handsome and the Heartbreakers, em vinil 7 polegadas, pelo selo Lajarex, com a canção "Caminando y Cantando", de autoria de Santiago Guidotti.
Wander pode ser considerado um dos artistas mais inusitados da música brasileira. Uma mistura de rock, romantismo brega, rebeldia e originalidade permeiam sua obra.
A sonoridade dos seus discos é sempre muito interessante, com pressão nas guitarras e uma pegada ‘setentista’ inconfundível.
Essa criatividade toda pode ser conferida nos mínimos detalhes, desde os arranjos das músicas até o conceito visual de suas capas de discos, em seu site: http://www.wanderwildner.com.br.
Segue abaixo a canção “Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro”:
http://www.youtube.com/watch?v=G3yG4vjGcVc
Khalil Gibran é cantor, compositor e produtor cultural.
www.twitter.com/khalilgoch
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