Eastwood irrita alto escalão do FBI

s vsperas da estria, filme sobre a vida de J. Edgar Hoover continua conquistando inimizades para o diretor



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247 - O aclamado diretor americano Clint Eastwood, vencedor quatro vezes do Oscar, tem conquistado cada vez mais inimizades nos mais altos escalões do FBI (Federal Bureau of Investigation, a polícia federal americana) a menos de um mês da estréia de seu mais recente projeto, "J. Edgar".

O filme conta a história de J. Edgar Hoover, o homem que ajudou a fundar o FBI e comandou a então agência de investigação com mão de ferro, e não esconde a homossexualidade dessa controversa e mítica figura da política americana.

O roteiro do ativista gay Dustin Lance Black (vencedor do Oscar por "Milk, A Voz da Igualdade") explora o complicado relacionamento entre Hoover, interpretado por Leonardo DiCaprio, e Clyde Tolson, então seu diretor-adjunto no FBI, interpretado por Armie Hammer (de "A Rede Social").

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Não que a homossexualidade de Hoover fosse exatammente um segredo em Washington, mas eles nunca assumiram nada publicamente e Hoover era conhecido por intimidar os que ousavam questionar sua orientação sexual.

A produção, que tem até cena de beijo, tem irritado gente do alto escalão do FBI à medida que mais comerciais têm passado na TV americana e a data de estréia nos cinemas, 9 de novembro, se aproxima. "J. Edgar" deve chegar aos cinemas brasileiros em janeiro.

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O filme retrata bem a rotina de Hoover, que nunca se casou, passava o dia despachando com Tolson, almoçava com ele, viajavam juntos no verão, passavam o Réveillon juntos e viajavam também no inverno. Quando Hoover morreu, em 1972, deixou uma fortuna estimada em quase R$ 500 mil para Tolson -- mais da metade de todo o seu patrimônio.

Eastwood, que não tem falado muito sobre o filme, está na capa da edição de outubro da revista GQ, junto com seu ator principal, DiCaprio. "Me lembro de assistir ao jovem Brando, James Dean ou Montgomery Clift, e eu pensava 'Meu Deus, como é alguém pode sequer pensar em alcançar esse nível de grandeza algum dia'?", disse o ator à revista. Eastwood disse que "não está nem aí" com quem as pessoas se casam. “As pessoas estão fazendo uma grande confusão em torno do casamento gay. Eu não dou a mínima para quem quer se casar com quem! Estamos dando muito importância para assuntos que não deveríamos dar”, disse o diretor à GQ.

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O FBI recebeu com entusiasmo a notícia de que o veterano Eastwood estava rodando um filme sonbre a vida de Hoover -- mas isso foi no começo, antes da divulgação do trailer. O diretor-adjunto do FBI, Mike Kortan, reuniu-se pessoalmente com o diretor e qualificou a homossexualidade de Hoover como invenção e rumor.

William Branon, ex-agente do FBI e vice-presidente da Fundação J. Edgar Hoover, enviou uma carta de protesto ao diretor no começo do ano: “Nosso apoio entusiasta ao filme não resistiu às declarações de Dustin Lance Black, que assegura que o longametragem retratará uma relação homossexual entre Hoover e seu assistente, Clyde Tolson”, escreveu. “Não há base real para esse tipo de caracterização do senhor Hoover. Proceder com esse tipo de trabalho, com base em falácias, será uma injustiça monumental”.

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Eastwood respondeu dizendo que seu filme “não dá crédito às alegações de que Hoover se travestia e nem tenta retratar uma relação abertamente homossexual entre Hoover e Clyde”.

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