E se essa merda for verdade?
O ser humano é capaz de produzir tsunamis e terremotos? Há quem acredite que sim
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Que levantem as mãos os leitores especialistas em meio ambiente e a capacidade humana em manipulá-lo diretamente para produzir efeitos catastróficos. Aos eretos, talvez este texto não passe de uma reunião de bobagens descartáveis, bem como para tantos outros fechados na cápsula do ceticismo, contudo, não resta dúvida de que as teorias da conspiração tornam-se cada vez mais fortes e presentes. A da vez, no caso, trata-se de mais uma pergunta que, quando feita isoladamente, remete-nos ao descarte imediato pela insanidade presumida: o Tsunami da Indonésia e o recente terremoto do Japão teriam sido causados propositadamente por poderosos seres humanos?
Sou um leigo, assim como imagino ser a esmagadora maioria dos que, neste momento, absorvem estas palavras, mas é como leigo que escrevo para meus iguais, pensando não na afirmativa absoluta, mas na dúvida que consome quem decidiu colocar a cabeça pra fora do poço do ceticismo: e se for verdade? Fazendo um comparativo cinematográfico, seríamos como Tom Cruise e Dakota Fanning em Guerra dos Mundos que, aos estarem no meio da pipoca estourando, só puderam se apegar ao sábio conselho do mestre ancião: CORRE NEGADA!
Vamos aos fatos, ou melhor, ao fato principal: tudo indica que o ser humano é capaz, sim, de produzir terremotos e tsunamis. Isso fica quase claro após um rápido estudo do tema que vem acalorando os debates dos teóricos da conspiração: a HAARP (High Frequency Active Auroral Research Program), um programa norte-americano que supostamente funciona para “entender, simular e controlar os processos ionosféricos que poderiam mudar o funcionamento das comunicações e sistemas de vigilância”. Para nós, leigos, a HAARP é definida como uma grande máquina capaz de jogar um bilhão de watts sobre a ionosfera terrestre e possivelmente provocar terremotos e tsunamis controlados. Muitos debates envolvem o tema, mas dois fatos são destacáveis: em 2002, o parlamento russo emitiu um comunicado em que dizia que “Os Estados Unidos estão criando novas armas geofísicas que podem influenciar a baixa atmosfera terrestre”, referindo-se ao HAARP e, antes disso, em 1999, o parlamento europeu demonstrou insegurança indicando que o projeto HAARP “manipulava o meio-ambiente com fins militares”. No fim das contas, a única certeza que tenho é a de que espero nunca ter a absoluta certeza de que o HAARP é de fato capaz de produzir tais eventos, ou passarei a andar de fraldas temendo o dia em que encontrarei uma aurora boreal nos céus do meu subúrbio carioca (diz-se que o efeito acontece quando a HAARP é utilizada e vídeos supostamente comprovam o aparecimento de auroras boreais no céu minutos antes do tsunami na Indonésia e o terremoto do Japão).
Outro fato importante a ser ressaltado é que, em 1976, os Estados Unidos e a URSS assinaram uma convenção que proibia a utilização militar ou com qualquer outro fim hostil das técnicas de modificação ambiental. Esse tratado cita a manipulação de tsunamis, terremotos, tentativas de desestabilização do equilíbrio ambiental ou qualquer alteração climática ou atmosférica, como formação de ciclones, furacões, correntes oceânicas e outros. Ora cacete! Se em 1976 eles já detinham ou previam esse poder, como 35 anos depois eles não o teriam?
“Ora, mas isso é uma grande bobagem!” – Amigo, eu estou no mesmo grupo. Não posso ouvir falar na história dos Illuminati e seu suposto controle do mundo sem soltar aquelas risadinhas de canto de boca. Porém, repito, agora em tom esganiçado: E SE ESSA MERDA FOR VERDADE? Se o homem tem o poder de produzir terremotos e esse poder está nas mãos de quem quer controlar o planeta, quem será o primeiro a oferecer o braço a corte apostando na certeza da mentira?
Somos os coadjuvantes dessa história. Nosso papel é correr quando precisarmos e torcer para nada disso ser verdade. Até por isso, não defendo o ideal do medo, apenas o debate. Por que sentir medo de algo que, em palavras reais, segue o puro e simples: “Ok, fudeu”? Não sou herói e não estamos num filme americano, não somos capazes de editar o fim desse enredo, apenas assisti-lo e, se for pra morrer, que pelo menos não seja tendo passado os últimos anos com medo ou perdendo horas e horas questionando a existência ou não de um poder superior humano.
Por fim, deixo os dois vídeos indexados a coluna para que vocês também saiam por um segundo da cápsula do ceticismo e permitam-se a consideração da dúvida. Ah! E se por acaso vir uma aurora boreal por aí, lembre-se que os EUA querem nosso pré-sal e siga Tom Cruise: fuja para as colinas.
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