Desfile da Mangueira é recado aos que não reconhecem a força dos pobres, diz carnavalesco
"O desfile da Mangueira é um recado para a sociedade brasileira, que tem passado por um momento que não reconhece a força da identidade indígena, a força da identidade negra e dos pobres deste país", disse Leandro Vieira, durante o desfile das campeãs do Carnalval, neste domingo (10)
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247 - Fechando o desfile das campeãs do Carnaval 2019, neste domingo (10), a Estação Primeira de Mangueira entrou na avenida mando mais um recado. Leandro Vieira, carnavalesco da escola, afirmou que o objetivo da escola foi levar para a avenida uma contestação da "história oficial" brasileira e recontá-la a partir de heróis anônimos.
"Eu acho que o desfile da Mangueira é um recado para a sociedade brasileira, que tem passado por um momento que não reconhece a força da identidade indígena, a força da identidade negra e dos pobres deste país", disse Vieira em entrevista ao G1, numa clara crítica à agenda do governo Jair Bolsonaro, que tem trilhado o caminho do desmonte das políticas públicas sociais e aquelas dirigidas aos povos indígenas e aos negros.
Ele reforça que o enredo busca a "valorização da cultura popular e isso é fundamental para o Brasil de hoje".
A rainha da bateria da escola, Evelyn Bastos, lembrou que estamos a poucos dias de completar um ano sem respostas, do caso de assassinato da vereadora Marielle Franco, assassinada em 14 de março do ano passado.
"A gente precisa de justiça. É um direito que cabe a nós. Quando a gente fala da Marielle, a gente fala de uma mulher negra que venceu na vida. E quando ela se viu numa posição em que ela podia fazer pelos outros, ela fez", frisou a rainha.
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