Descanse em paz, Kurt
Anti-heri do rock, o lder do Nirvana deu-se um tiro na cabea 17 anos atrs, mas por aqui a gente ainda aumenta o som
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Marco Damiani_247 – Exatos 17 anos atrás, o mundo ficava menos mal lavado, mal barbeado, mal vestido, barulhento e surpreendente. Com um tiro de espingarda na cabeça, disparado dentro da mesma mansão em Seatle em que ele fazia clips com sua filha Francis, trocava insultos com a mulher Courtney e criava o rock ireferencial do Nirvana, Kurt Cobain encontrou seu jeito radical de dizer adeus. BUM! Com o estrondo foi-se o melhor do que o jovem de 27 anos que puxou o gatilho contra si mesmo havia criado: o grunge e seus sons rascantes, figurinos urbanos e performances iradas. Ninguém mais conseguiu fazer, nas dimensões que Cobain alcançou, o que a princípio parecia fácil e natural. Consumidos 25 milhões de discos do Nirvana nos Estados Unidos e outros 50 milhões no resto do mundo, o movimento que nascera em Seattle e teve como filhotes o Pearl Jam e o Alice in Chains, simplesmente se apagou. Pela qualidade musicial, porém, o Nirvana ainda está ai, tocando em rádios, despertando emoção em fãs do mundo inteiro e muita bronca entre os que o detestam. Uma espécie de Corinthians do rock, sobre o qual pode-se ser contra ou a favor, mas dificilmente indiferente. Mantém-se sem sucessor, o artista filho de uma empregada de farmácia com um mecânico de autos, fã dos Ramones e que costumava subir ao palco embriagado e muitas vezes não terminava o que começara, mas cuja voz rouca que se elevava combinava à perfeição com o que dizia. Um viciado, sim, em heroína e álcool, que se deixou vencer, mas que sabia fazer o que fez. Caso contrário, ninguém mais se lembraria dele, 17 anos depois do tiro. Kurt Cobain se foi, mas ficou para a galeria dos (anti) heróis do rock. Descanse em paz, Kurt, que por aqui a gente aumenta o (seu) som. Escute:
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