Daniela Mercury: a alegria em torno do Carnaval é revolucionária
A cantora Daniela Mercury, 53, diz em entrevista que a alegria em torno do Carnaval é revolucionária e ajuda a tirar a "tensão no ar" trazida pelo momento de intolerância e de muitas restrições que o país passa, das quais o Carnaval pode ajudar a se libertar; "Eu falo de todos os armários. A gente usa muito esse termo para o público LGBT, mas serve para qualquer pessoa que precise se libertar de um cárcere emocional"
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247 - Em entrevista para Márcia Soman, publicada no F5 nesta segunda-feira (4), a cantora Daniela Mercury, 53, diz que a alegria em torno do Carnaval é revolucionária e ajuda a tirar a "tensão no ar" trazida pelo momento de intolerância e de muitas restrições que o país passa, das quais o Carnaval pode ajudar a se libertar. "Eu falo de todos os armários. A gente usa muito esse termo para o público LGBT, mas serve para qualquer pessoa que precise se libertar de um cárcere emocional", afirma.
"A gente precisa muito de um Carnaval sem policiamento ideológico ou de comportamento. São tantas prisões em que tentam nos colocar na vida. Não há nada como a arte para tirar a importância das paredes. Quando chega o Carnaval, a música une as pessoas que pensavam estar separadas."
Uma das prisões a que Daniela Mercury refere-se é a recente declaração da ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, que "menina veste rosa e menino veste azul". A frase é alvo de crítica na letra de sua música com Caetano Veloso.
"A afirmação da ministra é perigosa e reforça o preconceito contra crianças e adultos que não se encaixam nesse padrão social de feminino e masculino. É justamente a imposição desse padrão que tem gerado imenso sofrimento e violência a quem não se enquadra nele, como, por exemplo, a população de transexuais e transgêneros", aponta a cantora.
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