"Cultura é como o pancadão de Paraisópolis, impossível acabar", diz Fernanda Torres
"A polícia entra para matar, mas o funk é uma necessidade, acontece", disse a atriz, lembrando o recente episódio de massacre protagonizado pela Polícia Militar de São Paulo, deixando nove jovens mortos
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - Em entrevista ao O Globo, a atriz Fernanda Torres comparou a cultura ao pancadão de Paraisópolis, alvo de operação truculenta da Polícia Militar de São Paulo no último domingo (1) em um baile funk e que vitimou nove jovens. Para ela, a cultura, assim como o funk, "é uma necessidade".
Ela afirmou ainda que a polícia entra nas favelas para matar. "Cultura é como infiltração na parede: á agua sempre dá um jeito de sair. É como o pancadão de Paraisópolis, impossível acabar. A polícia entra para matar, mas o funk é uma necessidade, acontece".
O marido da atriz, o diretor Andrucha Waddington, também participou da conversa e falou sobre a arte no governo Bolsonaro. "Não é hora de acuamento, mas de ter energia e calma para nos posicionarmos com a nossa arte". Ele comentou ainda a ordem de retirada de cartazes de filmes na sede da Ancine. "Não entendo esse filtro, qualquer dirigismo empobrece. Na ditadura militar, surgiu o Tropicalismo, o Cinema Novo, movimentos de arte, o Brasil teve voz. Nós artistas vamos nos expressar independente de tentativa de censura".
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popularAssine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247