Chico Brown grava disco e diz ser orientado pelo feminino: 'Não vou combater o que sinto para parecer mais masculino'

“Vejo amigos se fechando à própria sensibilidade e feminilidade. Não vou combater o que sinto para parecer mais masculino ou maduro”, diz

Chico Brown
Chico Brown (Foto: Divulgação)


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247 - Chico Brown chega para fazer a foto dessa matéria usando uma blusa do avô Chico Buarque. A roupa havia sido garimpada no armário de figurinos da avó Marieta Severo. Quando o fotógrafo Leo Aversa bateu o olho nela, reconheceu no ato a trama do tecido dentro do qual clicou o compositor de “Apesar de você” durante turnê em 2011/2012. A reportagem é do jornal O Globo. 

Além da camisa, Chiquinho (apelido de família) carrega o nome do “vô Ico”, como o chama desde a infância. Também escolheu o sobrenome artístico de outro homem da família, o pai, Carlinhos Brown. No entanto, o músico sempre foi guiado por um forte coletivo feminino pelo lado da mãe, Helena, segunda filha de Chico e Marieta. Ali, cresceu no meio de três irmãs, duas tias e três primas. Sem falar na avó, sua maior referência pessoal e política (“um norte na minha vida”, resume ele).

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No campo profissional, Marisa Monte, com quem convive desde criança por causa da parceria musical dela com seu pai, se tornou também sua própria parceira. A mais profícua. Cinco das 16 canções do novo disco da cantora, “Portas”, ele compôs com ela, além de ter participado da gravação de nove (“ouvia músicas de Marisa e pensava: ‘Parece meu romance”. Agora fiz de meus romances canções de Marisa”, analisa).

Por essas e outras, o artista aprendeu que ser um homem feminino não fere o seu lado masculino. É se deixando afetar por essa sensibilidade “quase mediúnica” das mulheres que o artista conduz sua vida e seu trabalho. Inclusive, entra no estúdio esse mês para gravar seu disco de estreia, previsto para ser lançado em 2022.

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“Vejo amigos se fechando à própria sensibilidade e feminilidade. Não vou combater o que sinto para parecer mais masculino ou maduro. Poder me apaixonar, fazer canção sem me preocupar se é melódica ou afeminada demais”, diz. 

“É um alívio, no Brasil de hoje, poder colocar as coisas em perspectiva pelo ponto de vista feminino. Livre a gente nunca está, mas, muitas vezes, me sinto alheio aos venenos da masculinidade tóxica porque não cresci ouvindo “homem não chora”, acrescentou. 

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