Bourbon Festival: New Orleans made in Brazil
Estive no Bourbon Festival de Paraty e me impressionei com a reprodução da atmosfera de New Orleans e sobretudo, com a alegria, não só de turistas nacionais e estrangeiros, mas do povo local. Que orgulho tiveram de sua cidade e do evento, que orgulho tiveram de assistir shows internacionais de alta categoria sem pagar nada; um relato de Bia Willcox
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Por Bia Willcox, para o 247 - Num país de uniformizações musicais - do pagode ao sertanejo e de pop stars de ocasião a hits únicos que ocupam espaços e mentes - é surpreendente ver iniciativas como o Bourbon Festival de Paraty, idealizado por quem faz também o Bourbon Street Fest em São Paulo. Ambos são eventos bem cuidados, de extrema qualidade e, sobretudo, de graça.
Não, eu não estou querendo desmerecer a produção musical ou os ritmos genuinamente brasileiros - todos têm seu importante lugar na formação cultural da sociedade brasileira: o pagode, o funk, o sertanejo e até mesmo o gospel que saiu das igrejas e templos para se tornarem hits de sucesso nas rádios evangélicas. Tudo cabe e tem que caber. Mas ter vitrines para uma música que soa diferente a muitos ouvidos adestrados é sempre algo bastante positivo, seja a música tocada nesses festivais importada ou nacional (no line up dos festivais há muitas bandas e cantores(as) brasileiros).
O que louvo é justamente a iniciativa de trazer uma realidade diferente da que se está acostumado, trazer um contraponto, dar educação musical com diversidade e opções para se escolher preferir.
Estive no Bourbon Festival de Paraty e me impressionei com a reprodução da atmosfera de New Orleans e sobretudo, com a alegria, não só de turistas nacionais e estrangeiros, mas do povo local. Que orgulho tiveram de sua cidade e do evento, que orgulho tiveram de assistir shows internacionais de alta categoria sem pagar nada, coisa que dificilmente teriam acesso pagando, pois as estrelas que lá estiveram devem ter shows bem caros.
É o aulão de cultura musical grátis, o entretenimento grandioso onde não se anda tanto quanto em eventos consagrados de música e nem se paga o que se paga neles.
É a iniciativa inteligente. É a diferença que se faz e o quinhão com o qual se contribui para oferecer cultura e entretenimento que afetem a sociedade positivamente.
Conversei com Edgard Radesco sobre o evento. Assistam!
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