As vadias marcham

Movimento canadense SlutWalk aconteceu pela primeira vez no Brasil na tarde deste sbado, em So Paulo, onde centenas de mulheres protestaram contra o machismo, na Marcha das Vadias



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Às 14h deste sábado, centenas de mulheres se reuniram na Avenida Paulista em um protesto trazido pela primeira vez ao Brasil, o SlutWalk. Chamado no País de Marcha das Vadias, o movimento visa desfazer o estereótipo de que as vítimas de abuso sexual são responsáveis pelos crimes que sofrem, como os tipos de roupas que vestem. Durante a manifestação desta tarde, jovens ficaram seminuas e carregaram placas que traziam frases como “Meu corpo, minhas regras”, “Acredite ou não, minha saia curta não tem nada a ver com você” ou “Me visto para mim, e não para você”.

A ideia do movimento SlutWalk surgiu em janeiro deste ano, quando um policial de Toronto, no Canadá, disse que as mulheres deveriam evitar se vestir como vagabundas a fim de que não se tornassem vítimas de estupro. Revoltadas, elas queriam mais do que um pedido de desculpas. E para isso saíram às ruas, levando pela primeira vez, em uma passeada em Toronto, de três a quatro mil participantes. Hoje, o movimento já passou por diversas cidades americanas e alcançou outros 19 países.

Em seu site oficial, os membros do movimento SlutWalk contam sua história e justificam seus argumentos. “Ser estuprado não se trata do que você veste; não se trata nem de sexo”, diz trecho do texto. Para o SlutWalk, o fato de relacionar o comportamento da mulher ao crime em que ela sofre cria um ambiente em que não se vê problemas em culpar a vítima. No evento público da Marcha das Vadias, criado no Facebook, as manifestantes declaram: “Não é culpa dos nossos vestidos, salto alto, regatas, saias e afins que todos os dias mulheres são desrespeitadas e agredidas sexualmente, isso é culpa do machismo ainda muito presente na nossa sociedade”.

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