Arte dos emergentes

Evento em Londres com artistas de pases emergentes leva leilo pela primeira vez a obra Relevo Espacial, de Helio Oiticica



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Por Natália Rangel_247 -- Estreou no ano passado o BRIC Londres, audição que reúne apenas obras de arte de países emergentes. O evento tem curadoria de Henry Allsopp e a exclusividade para estes países é, segundo seus organizadores, uma forma de conferir maior destaque aos trabalhos produzidos nestes países. É quase uma política de cotas do mercado mundial de arte – confere maior visibilidade a artistas já famosos ou novos talentos provenientes de regiões que, historicamente, possuem menor tradição e influência neste mercado. Com preço mínimo de US$ 470 mil, vai à leilão nesta quarta-feira 13 em Londres a obra Relevo Espacial, do artista brasileiro Helio Oiticica. Trata-se de um trabalho fundamental na carreira de Oiticica, um dos últimos de sua fase concretista, com pesquisas do espaço e grafismos. O próprio artista fez questão de incluir a obra em uma exposição de 1969, quando já tinha abandonado totalmente o concretismo por considerá-lo um momento decisivo em sua formação artística. Estima-se que a obra alcance o preço máximo de US$ 580 mil. Os 203 lotes disponíveis para serem arrematados estão avaliados em US$ 18 milhões, preço inicial, e estima-se que poderão chegar ao montante de US$ 28 milhões. Entre eles estão ainda Vik Muniz, com a tela The Dream, after Picasso from Pictures of Pigment (2007), com valores que podem variar entre US$ 30 mil e US$ 52 mil.

E o destaque é para a brasileira Beatriz Milhazes, descrita pelo curador da audição como a mais importante da atual geração de artistas do País e cuja obra poderá ser arrematada por até US$ 555 mil. O leilão do ano passado mostrou que a arte produzida nos países emergentes de maior destaques na atualidade, que sem nenhum caráter pejorativo, pode ser chamada de arte da periferia, desperta grande interesse entre colecionadores dos mercados do maintream de todo o mundo. Em 2010, os destaques foram para artistas como o brasileiro Di Cavalcanti e Os Gêmeos. “Com esse trabalho, almejamos mostrar a nova força e profundidade do mercado de arte contemporânea no Brasil, e a contínua ascensão dos mercados chinês, indiano e russo”, diz Henry Allsopp, o diretor geral e curador das exposições presentes no evento.

 

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