"Antes tarde do que nunca", diz Polanski, 78, sobre prêmio

Dois anos depois de viajar a Zurique e ser preso por crime cometido nos EUA h 30 anos, o cineasta retorna mesma cidade e recebe, finalmente, homenagem pelo conjunto de sua obra



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"Antes tarde do que nunca". Foi desta maneira que o cineasta Roman Polanski resumiu hoje suas palavras ao receber um prêmio em Zurique por sua carreira. Há dois anos, ele fazia a mesma viagem à cidade suíça para ser homenageado. Mas foi preso no hotel por um crime cometido nos Estados Unidos há 30 anos. Depois de ficar um ano preso em sua residência na Suíça e numa penitenciária de Zurique, Polanski acabou sendo liberado depois que a Suíça optou por não extraditá-lo aos Estados Unidos, alegando erros técnicos no processo.

Em 1977, Polanski foi indiciado por suposto estupro de uma menor. Antes de ser preso, o cineasta polaco-francês fugiu para o exterior e nunca mais voltou aos Estados Unidos. O diretor de Chinatown, desde então, evita viajar a países que poderiam potencialmente extraditá-lo. Mas a Suíça era considerado como um lugar seguro. Tanto assim que comprou um chalé por lá. Mas, em 2009, a polícia decidiu fazer valer o mandado de prisão, gerando apelos de diretores como Woody Allen e outros contra a decisão.

Hoje, emocionado, Polanski foi amplamente aplaudido em Zurique. "O que eu posso dizer? Melhor tarde do que nunca ", disse o cineasta de 78 anos. "É um aniversário estranho para mim esse, dois anos depois. Certas partes eu preferiria esquecer. Mas hoje estou feliz por estar aqui", disse. "É um momento de muita emoção. Portanto, não esperem um discurso", completou. Ele recebeu o prêmio das mãos de Nadja Schildknecht, diretora do Festival.

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Ao receber o prêmio, Polanski agradeceu aos agentes da penitenciária em que esteve em Zurique. A plateia riu. Mas o cineasta alertou. "Isso é sério. Eles foram muito gentis comigo" afirmou. Polanski ainda garantiu que "adora" visitar a Suíça, apesar do ocorrido. Mas, no início do mês, evitou viajar até o festival de filme de Veneza para apresentar seu novo filme, Carnage, em parte escrito durante sua prisão domiciliar.

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