Anitta celebra saída de Salles: "o meio ambiente agradece"
Salles é investigado por favorecer exportação ilegal de madeira
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247 - A cantora pop Anitta comemorou a saída de Ricardo Salles do Ministério do Meio Ambiente, nesta quarta-feira, 23. “O meio ambiente agradece. Fora Salles é real”. A cantora brasileira já havia criticado as políticas do ex-ministro em outras ocasiões, e acabou sendo atacada por Salles.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demissão do cargo.
O ato de exoneração foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Alvo de duas investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), Salles estava sob pressão e alegou motivos familiares para deixar o cargo, apesar do respaldo do Palácio do Planalto.
O atual Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais da pasta, Joaquim Álvaro Pereira Leite, foi nomeado em seu lugar.
Atuação em favor de madeireiros
Salles é investigado por favorecer exportação ilegal de madeira, após o delegado da Polícia Federal (PF) Alexandre Saraiva, então superintendente da entidade no Amazonas, enviar, em meados de abril, uma notícia-crime ao STF contra o ministro e o senador Telmário Mota (Pros).
O delegado apontou que Salles integra uma "organização criminosa orquestrada por madeireiros alvos da Operação Handroanthus com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza".
Exportação ilegal de madeira
A Operação Handroanthus, da PF, investiga a exportação ilegal de madeira brasileira aos Estados Unidos e resultou na apreensão de cerca de 200 mil metros cúbicos de madeira extraída por organizações criminosas.
A ministra Cármen Lúcia, do STF, determinou a inclusão do presidente do Ibama, Eduardo Bim, no inquérito que apura crimes do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Salles e Bim são acusados de cometer delitos de advocacia administrativa, obstar ou dificultar a fiscalização ambiental e impedir ou embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
Esta é a segunda investigação contra Salles no STF. A primeira está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que resultou até em operação de busca e apreensão contra o ministro do Meio Ambiente e foi batizada de Operação Akuanduba, na qual Bim também é alvo.
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