Adeus, Autran

Autor premiado, ele partiu aos 86 anos, deixando obras clássicas como “Uma vida em segredo” e “Ópera dos mortos”

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EM – Morreu na manhã deste domingo o escritor mineiro Waldomiro Freitas Autran Dourado, de 86 anos. Vítima de uma hemorragia gástrica intestinal, o autor de obras como Uma vida em segredo (1964), Confissões de Narcizo (1997) e Ópera dos mortos (1967), faleceu em sua casa, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, por volta das 7h.

O corpo está sendo velado no Cemitério São João Batista, em Botafogo. O enterro tem previsão para as 16h. O escritor deixa a mulher, Lúcia Campos, quatro filhos, 10 netos e dois bisnetos.

Autran Dourado escreveu seu primeiro livro, Teia, em 1947, e depois publicou mais 16 romances. Entre as obras, destaques para O Risco do Bordado, de 1970, ganhador do prêmio Pen Club do Brasil, e As Imaginações Pecaminosas, vencedor do Prêmio Goethe de Literatura do Brasil, em 1981, e do Prêmio Jabuti, em 1982.

O autor ganhou vários prêmios literários, entre eles o Prêmio Camões, em 2000, pelo conjunto de sua obra, em uma iniciativa conjunta dos governos do Brasil e de Portugal, e o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, em 2008. 

Natural de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, Autran Dourado passou a infância em Monte Santo de Minas e São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas. Aos 17 anos foi morar em Belo Horizonte onde cursou direito e trabalhou como taquígrafo e jornalista, profissão que o levou ao cargo de secretário de Imprensa do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek, de 1958 a 1961. Em 1954, aos 28 anos, chegou ao Rio de Janeiro onde viveu até sua morte. 

O escritor mantinha uma conta no Twitter, onde publicou, em 21 de setembro, uma de suas últimas frases: "Escrever é uma imitação. A gente escreve feito um menino que vê o livro como um brinquedo e pensa ah, eu quero um".

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