Adeus ao mestre do olhar
Thomas Farkas, o precursor da fotografia moderna no Brasil, morre em So Paulo aos 87 anos
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Após três semanas internado no hospital sírio-libanês, o fotógrafo húngaro Thomas Farkas morreu nesta sexta-feira 25, em São Paulo, de falência múltipla dos órgãos, aos 87 anos. Nascido em Budapeste, na Hungria, ele veio com a família para o Brasil na década de 1930 e seu pai foi um dos fundadores da rede Fotoptica, uma das primeiras lojas a vender equipamentos fotográficos por aqui. Farkas atuou em várias frentes artísticas, além de fotógrafo, que era como gostava de se apresentar, ele foi professor, diretor e produtor de cinema. Viajou todo o país nas décadas de 1960 e 1970, fotografando e filmando para então produzir uma série de documentarios sobre a cultura popular no interior do Brasil. Foram seus parceiros no projeto o fotógrafo de cinema Eduardo Escorel e Maurice Capovilla.
O belo acervo fotográfico do artista, que foi um apaixonado pelo Brasil, está reunido desde o mês de janeiro na exposição Thomaz Farkas: Uma Antologia Pessoal, que ficará em cartaz até o dia 3 abril no Instituto Moreira Salles. A mostra reúne cerca de 100 imagens do fotógrafo – todas pertencem ao acervo do Instituto e boa parte é inédita. Ele trabalhou com fotojornalismo, como em séries que fez sobre o Rio de Janeiro, e fotografou sobretudo em preto e branco. Algumas imagens coloridas datadas de 1975 feitas no Amazonas e em Salvador também estão na exposição. Além da mostra, um livro com140 fotos e texto de seu filho, João Farkas, foi lançado no mês passado.
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