A vida devassa de Serge Gainsbourg

Vinte anos aps sua morte, primeira cinebiografia retrata a louca trajetria de um dos mais extravagantes artistas franceses. Assista aos vdeos



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247 – Livros e um documentário que estreia no Brasil nesta sexta-feira 8 homenageiam o artista francês Serge Gainsbourg (1929 -1991), morto há duas décadas. Músico polêmico e dono de um repertório provocativo, ele gravou a famosa canção Je T'aime, Moi Non Plus, com Brigite Bardot, que foi banida pelo papa e proibida nas rádios inglesas na época do lançamento. Gainsbourg tem a sua trajetória pessoal e profissional retratada no filme “O homem que amava as mulheres”, dirigido pelo quadrinista Joann Sfar e que traz Eric Elmosnimo como o protagonista e a atriz Laetita Casta interpretando Brigitte Bardot. Os romances rumorosos, o estilo de vida hedonista e as suas letras de música provocativas e sempre polêmicas contribuíram para construir a fama de enfant terrible que o acompanhou por toda a vida. Na década de 1980, Gainsbourg causou escândalo ao protagonizar o clipe Lemon incest, em que surge em cena seminu ao lado da filha mais nova, a hoje premiada atriz Charlotte Gainsbourg, que na época tinha 13 anos.

Entre as diversas biografias já lançadas sobre ele, a mais recente é Serge, monte paron (Edition Pascal), escrita por Alann Parouty, ex-motorista do cantor. O livro revela a intimidade do artista pelos olhos de um funcionário que esteve ao lado de Gainsbourg até a sua morte em março de 1991 e o descrevia como um homem frágil e sensível que adorava provocar as pessoas e inverter, bagunçar ou implodir a ordem institucionalizada. Em um outro destempero famoso do artista, ele queimou uma nota de 500 francos em um programa de televisão. Também irritou os franceses ao criar uma versão reggae para o hino nacional da França, A Marselhesa. Outro episódio marcante se deu quando a jovem cantora France Gall, de 18 anos, apareceu na televisão, segurando um pirulito e cantando a maliciosa Les sucettes, escrita por Gainsbourg. Debochado e irônico, ele viveu tórridos romances com as mulheres consideradas mais belas em sua época, como Bardot, a atriz e cantora Jane Birkin (mãe de Charlotte Gainsbourg) e Vanessa Paradis.

Nascido numa França ocupada por nazistas no fim da 2ª guerra mundial, Gainsburg sempre se interessou por artes plásticas. Estudava e pintava mulheres (sua principal fonte de inspiração), porém mesmo contra sua vontade descobriu na música sua melhor forma de expressão e mais tarde transformou-se em Serge Gainsbourg, o grande ícone da música francesa. Serge Gainsbourg desenvolveu uma brilhante carreira como compositor e cantor de diversos estilos musicais. Dominado pelo eterno espírito boêmio e fumante incessante, Gainsbourg foi um dos maiores artistas franceses, sendo comparado pelo presidente da época de sua morte como o Baudelaire da música francesa, aquele que elevou a música ao âmbito da arte. Gainsbourg deixou mais de 200 canções, gravadas por intérpretes tão distintos, em termos de geração e estilo, quanto Juliette Gréco, Yves Montand, Vanessa Paradis e Alain Chamfort.

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