A primeira noite do Lollapalooza
cone do rock, Joan Jett apresentou-se s 19h15 e depois tambm dividiu o palco com o Foo Fighters, no bis, em mais de duas horas de show
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247 - Com atrações em cinco palcos, foi um dilema escolher qual show assistir na estreia do Lollapalooza no Brasil. Mas a banda mais esperada da primeira noite de festival era, sem dúvida, o Foo Fighters. E Dave Grohl esbanjou carisma em mais de duas horas de show em São Paulo. Veja os destaques internacionais do 1º dia.
Cage the Elephant
A banda do Kentucky se apresentou para uma multidão atenta ao palco Butantã, mas a maior vibração do show ficou mesmo concentrada nos momentos dos hits. O vocalista Matthew Schultz se jogou no meio da plateia, voltou com bandeira brasileira em punho e marcou presença com seus modos sauvage, a la Kurt Cobain.
Peaches
No palco do Perry, todos estavam loucos para descobrir que tipo de loucuras cênicas a vocalista do Peaches faria em terra brasilis. Rolou uma certa irritação com a equipe de som, mas tudo deu certo, enfim, e a canadense pode fazer sua performance. Usou collant com colete cheio de seios, teve dançarinas fazendo innuendo sexual, teve momento hermafrodita performático -- o auge da apresentação. Peaches não parou um segundo, dançou e pulou o tempo todo, brindando a plateia com champagne no fim da primeira parte do show. Depois ela voltou de motorgirl, com make inspirado em David Bowie. Foi embora reclamando que queria ficar mais. Yeah!
Joan Jett & the Blackhearts
Joan Jett dispensa apresentações. Até o mais alienado de todos os antirockers reconhece o clássico refrão de "I love rock'n'roll". Era um show para testemunhar uma lenda viva no palco, que, 37 anos atrás, formava a primeira banda de rock exclusivamente formada por mulheres. Aos 53 anos, Joan Jett não desapontou a plateia que queria ver um ícone tocar os hits que a consagraram. Tudo feito com muita competência, um certo ar de nostalgia no ar, mas sem perder a vibração do bom e velho rock.
TV On The Radio
O TV On The Radio teve de lidar com aquela expectativa do público para ver o Foo Fighters -- o tipo de plateia que nunca é o melhor dos mundos, ainda mais para uma banda mais alternativa. Mas, apesar da recepção pouco entusiasmada do público, a banda foi conquistando a plateia, especialmente o vocalista Tunde Adebimpe.
A participação de Dave Navarro, do Jane's Addiction, ficou prejudicada pelo som: mal dava para ouvir seu solo. "Wolf like me", música mais conhecida da banda, fechou o show, que poderia ter sido mais bem aproveitado, talvez, em outro palco.
Foo Fighters
A atração mais aguardada da noite subiu ao palco Cidade Jardim às 20h30, para mais de duas horas de show. Plateia em êxtase com o magnetismo de Dave Grohl e com um setlist dos sonhos para qualquer fã.
O Foo Fighters abriu o show com "All My Life", e o público de 70 mil pessoas já delirando na sequência, com "Times Like These". A presença de palco do vocalista é algo à parte. Grohl é um band leader que sabe como cativar um mar de gente como poucos. Quase todas as músicas novas, a plateia já sabia cantar em coro -- faixas do último disco, "wasting Light".
"Rope", "The pretender", "My hero" e "Learn to fly" colocaram a multidão no embalo dos hits. Fechando a sequência, "White limo", e Grohl desafiando a própria garganta.
Lembrando os tempos de Nirvana, onde tudo começou, Grohl chegou a dar uma palhinha na bateria em "Cold Day in the Sun".
"Stacked actors" veio emendadinha com o cover "Feel good hit of the summer", do Queens of the Stone Age. Outro cover foi "In the flesh", do Pink Floyd, e "Best of you" fechou a primeira parte do show -- lágrimas rolando no meio da multidão, como não poderia deixar de ser.
Antes do bis, um momento engraçado no telão: Grohl e Hawkins discutindo quantas músicas ainda tocariam no bis. Voltaram "Enough space", "For all the cows" e "Dear Rosemary".
Grohl ainda falou com a plateia sobre o rock underground, as primeiras vezes que foi a um show do Jane's Addiction e gente que marcou a história do rock. Deu quase para antecipar Perry Farrell surgindo de um canto do palco, mas era Joan Jett quem Grohl queria trazer ao palco do Foo Fighters. Depois de "Bad reputation" e o hino "I love rock'n'roll" , foi a vez do Foo Fighters se despedir com "Everlong".
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