A obra inédita de Jane Austen

Intitulado The Watsons, manuscrito raro e inacabado da escritora inglesa ser vendido em leilo



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247 – Os leitores e estudiosos da clássica escritora inglesa Jane Austen, que ficou mundialmente conhecida por seis romances publicados, ficarão entusiasmados com a notícia. Um raro e não concluído manuscrito – o único da autora que ainda não havia se tornado público –, será vendido em leilão, na Inglaterra. Acadêmicos e especialistas acreditam que a obra, intitulada The Watsons, teria sido tão boa quanto as outras de Jane, se tivesse sido publicada. “É muito empolgante. Esse é o material mais significante de Austen que chega ao mercado, desde 1980”, disse o especialista em livros e manuscritos da casa de leilão Sotheby, Gabriel Heaton, ao The Guardian.

Segundo a reportagem do jornal britânico, a raridade do material é inquestionável. Manuscritos originais de suas obras são inexistentes, sendo as únicas exceções dois capítulos cancelados do livro póstumo publicada em 1818 “Persuasão”, hoje dispostos na Biblioteca Britânica. A novela encontrada foi considerada cerca de um quarto concluída, com 68 páginas escritas à mão pela autora, em pequenos folhetos. As primeiras 12 páginas foram vendidas a um descendente de Jane Austen durante a Primeira Guerra Mundial e está atualmente na Biblioteca Pierpoint Morgan, de Nova York. As páginas seguintes foram inexplicavelmente perdidas pela Queen Mary Universidade de Londres, que está em busca do trecho do texto.

O manuscrito The Watsons, que será vendido em 14 de julho, mostra uma luz sobre como a autora de Orgulho e Preconceito costumava trabalhar. Jane pegava um pedaço de papel, cortava em dois e então fazia uma dobra sobre cada um deles, deixando-os em oito pedaços de folhetos. Ela escreveria com letras bem pequenas e caprichadas, deixando pouco espaço para correções – aliás, muitas delas. A obra foi escrita em 1804, um momento ruim para a carreira da escritora, que teve um romance rejeitado e outro comprado por uma editora que não conseguiu publicá-lo. Na história, o pai da heroína Emma morre e a deixa em uma difícil situação financeira, cenário que se assemelha à vida pessoal de Jane Austen nessa época.

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A escritora morreu em 1817, deixando uma literatura estudada até hoje por acadêmicos e especialistas. O humor irônico utilizado em seus romances retrata o ambiente em que viveu, de uma família pertencente à burguesia agrária, em Hampshire, na Inglaterra. Alguns de seus livros viraram filmes, a exemplo de Orgulho e Preconceito (1995) e Palácio das Ilusões (1999), baseados nas obras Pride and Prejudice e Mansfield Park.

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