A abelha operária brasileira por trás do Cirque du Soleil

Contratado inicialmente para um trabalho temporrio, o tcnico de som Ren Munhoz Penalazo conseguiu seu espao e frequenta h cinco anos a magia da maior trupe circense do mundo

A abelha operária brasileira por trás do Cirque du Soleil
A abelha operária brasileira por trás do Cirque du Soleil (Foto: Divulgação)


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Lúcio Flávio _especial para o Brasília 247 - Quem assiste a um espetáculo do Cirque du Soleil, com toda a sua imponência visual e sonora -- sempre recheado por um festival de desempenhos artísticos incríveis e deslumbrantes --, nem imagina o quanto é detalhado e meticuloso o trabalho de quem faz parte da engrenagem dos bastidores da maior trupe circense do mundo. Há cinco anos na companhia canadense, o paulista Renê Munhoz Penalazo, um dessas abelhinhas operárias escondidas por trás das cortinas.

"Os espetáculos (do Cirque du Soleil) são como máquinas de relojoaria perfeitamente sincronizados", compara Penalazo, com a experiência de quem já trabalhou em três montagens: Saltimbanco, Alegria e Quidam. "Para potencializar o trabalho é importante estar atento às novas tecnologias e saber escutar aqueles que têm mais tempo de casa e mais experência", comenta.

Paulista de 36 anos, Renê começou por baixo no Cirque du Soleil, aos 31 anos, como mão-de-obra local especializada contratada por uma empresa brasileira. Para quem não sabe, uma das várias políticas sociais do circo é terceirizar as funções periféricas de seus espetáculos com mão-de-obra de profissionais do país onde se apresenta. Foi numa dessas oportunidade que o técnico de som teve a sua grande chance e não a desperdiçou. "Fui contratado como funcionário permanente do show Varekai em dezembro do ano passado", diz orgulhoso.

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Som

Na prática, o trabalho de Renê agrega muitas funções e exige bastante versatilidade. Além de montar, fazer a manutenção, instalação e operação dos aparelhos de áudio, antes das apresentações de cada noite, o técnico de som paulista também tem a responsabilidade de supervisionar o aúdio dos artistas e a qualidade de som que chega até você.

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"Não basta apenas operar equipamentos de áudio", avisa ele. "É preciso também certificado para operar máquinas pesadas como empilhadeiras, certificação de trabalhos em altura e uma boa forma física para executar tarefas pesadas e jornadas de trabalho longas", detalha.

No auge da carreira, Renê não esconde a satisfação de trabalhar numa grande empresa de entretenimento. Sobretudo pela valorização do trabalho que, na sua opinião, é bem mais expressiva do que no Brasil quando o assunto é a indústria de entretenimento.

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"Estar no Cirque é minha realização profissional e uma grande responsabilidade também. Quando tudo funciona, a satisfação é enorme", orgulha-se. "Penso que o empresariado brasileiro precisa oferecer melhores condições financeiras e trabalhistas na área de entretenimento", completa.

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