50 anos depois, 1968 volta com força total

Há 50 anos, o Brasil viveu um dos períodos mais autoritários e violentos de sua história. Censura, execuções, assassinatos, caça aos comunistas, prisão de artistas e muita violência policial nas ruas; hoje, a situação não é muito diferente: patrulha-se museus, cinemas, programações de TV, enunciados políticos e a própria liberdade de expressão, outrora considerada patrimônio da democracia, vai deixando de existir sob a chancela dos segmentos conservadores que ganharam voz diante do assombro paralisante da esquerda, possivelmente certa de que aquele tempo já tinha ido embora

Há 50 anos, o Brasil viveu um dos períodos mais autoritários e violentos de sua história. Censura, execuções, assassinatos, caça aos comunistas, prisão de artistas e muita violência policial nas ruas; hoje, a situação não é muito diferente: patrulha-se museus, cinemas, programações de TV, enunciados políticos e a própria liberdade de expressão, outrora considerada patrimônio da democracia, vai deixando de existir sob a chancela dos segmentos conservadores que ganharam voz diante do assombro paralisante da esquerda, possivelmente certa de que aquele tempo já tinha ido embora
Há 50 anos, o Brasil viveu um dos períodos mais autoritários e violentos de sua história. Censura, execuções, assassinatos, caça aos comunistas, prisão de artistas e muita violência policial nas ruas; hoje, a situação não é muito diferente: patrulha-se museus, cinemas, programações de TV, enunciados políticos e a própria liberdade de expressão, outrora considerada patrimônio da democracia, vai deixando de existir sob a chancela dos segmentos conservadores que ganharam voz diante do assombro paralisante da esquerda, possivelmente certa de que aquele tempo já tinha ido embora (Foto: Gustavo Conde)


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247 – Há 50 anos, o Brasil viveu um dos períodos mais autoritários e violentos de sua história. Censura, execuções, assassinatos, caça aos comunistas, prisão de artistas e muita violência policial nas ruas. Hoje, a situação não é muito diferente: patrulha-se museus, cinemas, programações de TV, enunciados políticos e a própria liberdade de expressão, outrora considerada patrimônio da democracia, vai deixando de existir sob a chancela dos segmentos conservadores que ganharam voz diante do assombro paralisante da esquerda, possivelmente certa de que aquele tempo já tinha ido embora.

É sob essa ótica que o jornal O Globo hoje, em matéria de Bolívar Torres e Leonardo Lichote, pergunta em um caderno especial sobre o período: é possível comparar 1968 com 2018? O 247 responde: é. As diferenças existem, mas o conceito e o espírito político se assemelha de maneira inequívoca. O próprio jornalismo vem traçando esses paralelos diariamente na massa noticiosa que se alastra pelos portais e pelas redes. A matéria de O Globo apenas capta todo esse movimento, que se impõe com a força da história.

O escritos Milton Hatoum empresta seu depoimento à matéria d’O Globo, como um conjunto importante de artistas e ativistas daquela época, e diz: “hoje, com o ressurgimento do autoritarismo na sociedade, todos os clamores de 1968 são novamente fundamentais”.

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“Hatoum lembra que o movimento tropicalista de Caetano, Gil & cia foi o que mais assimilou as mensagens libertárias de Maio de 68, unindo “o poético e o político” — algo que a esquerda mais dogmática, segundo ele, não entendeu na época. Ao cantar o emblemático “É proibido proibir” — um dos lemas centrais da revolta das ruas de Paris —, Caetano Veloso foi vaiado estrondosamente no Festival Internacional da Canção pela juventude de esquerda que compunha a plateia — a quem chamou de “a mesma juventude que vai sempre matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem”.

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“Em 1968, o diretor de “O rei da vela” experimentou o centro da turbulência. O Comando de Caça aos Comunistas (CCC) — grupo paramilitar formado por militares, policiais e jovens militantes da direita — espancou o elenco da peça “Roda viva”, que ele dirigia, e depredou o Teatro Galpão, em São Paulo, onde o espetáculo estava em cartaz. Em Porto Alegre, o mesmo grupo sequestrou e humilhou atores e pichou na porta do Teatro Leopoldina frases como “fora comunistas”, “chega de pornografia” e “abaixo a imoralidade”. A peça acabou censurada de vez.

Hoje, frases parecidas surgem em redes sociais em resposta indignada a acontecimentos como a exposição “Queermuseu” e a performance “La Bête”, na qual o coreógrafo Wagner Schwartz encarna uma escultura “Bicho”, de Lygia Clark, e se apresenta nu, tendo o corpo manipulado pela plateia. Schawrtz recebeu mais de 150 ameaças de morte devido a um vídeo no qual uma criança aparecia tocando em seu pé durante a performance, no ano passado.”

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